quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Lei Maria da Penha

Numa conversa com uma amiga que esta fazendo uma pesquisa sobre a agressão contra as mulheres no ambito doméstico, disse-me que esta com muita dificuldade em encontrar vitimas de agressão para entrevistá-las, pois depois que entrou em vigor a Lei Maria da Penha as mulheres agredidas pararam de denunciar seus maridos.

Segundo a delegada isso acontece porque com a nova Lei, os maridos agressores ficam presos, são presos em flagrante e não é isso que as mulheres querem.Antes as delegacias eram cheias de denunciantes que usava o B.O. como forma de intimidação para que seus maridos mudassem de comportamento, mas não queriam a prisão deles. Agora com esta Lei, elas pararam de denunciá-los , ou seja, estão apanhando caladas e nem tem mais o instrumento de intimidação.

Pelo que parece na teoria a Lei é perfeita mas na prática está ajudando a manutenção do comportamento machista. Qual a opiniao de vocês?

Quilombos e o medo da Elite Brasileira

Está circulando na Internet e em alguns meios de comunicação impresso, uma série de informações sobre um movimento que se auto-denomina “Paz no Campo”, promovendo campanhas contra a medida do Governo Federal, em relação ao reconhecimento da posse de determinadas regiões por comunidades remanescentes de quilombos.
O “cabeça” do discurso contra o decreto é o “jornalista” Nelson Barreto, do Movimento Paz no Campo, escritor do livro "A Revolução Quilombola"....
(Leia e tire sua própria conclusão: http://livro-quilombola.blogspot.com/)

Suas idéias partem de princípios elitistas e preconceituosos, pois sua verdadeira preocupação não são as pessoas, e o direito de sobrevivência, dignidade e igualdade social, mas o da “propriedade”.A propriedade, que no Brasil, se construiu a partir da expropriação de populações indígenas, e prosperou com a mão de obra escrava do africano.A propriedade que permaneceu intocada durante o processo de abolição legal da escravidão, fazendo com que milhões de pessoas saíssem da condição de escravo pra de “sem-terra”, “sem-teto”, “sem-emprego”....Marginalizados!O discurso dos mega-proprietários de terra no Brasil se repete como sempre...O discurso aprendido com os burgueses da Revolução Francesa, e muito mais pelos emancipados da Colônia Norte-Americana no Século XVII:“A Propriedade é um bem Inalienável, garantido pela lei, pela constituição”...Pelo que chamam de “Estado de Direito”.Direito de quem????Quem deu esse Direito ao proprietário???Por que o Estado de Direito garante o Direito do Proprietário se os “Não-Proprietários” são tão gente quanto eles???E de onde veio essa propriedade???Quem foi que permitiu que um grupo de pessoas se apossasse de uma determinada porção da natureza pra fazer de seu uso exclusivo/privado?O Estado???E quem deu ao Estado o direito de decidir quem poderia ser proprietário de determinada porção da natureza????Embora a memória coletiva do brasileiro seja um tanto enfraquecida (o que me parece bem proposital), creio que precisamos fazer algumas observações históricas pertinentes aqui:


1 – As primeiras propriedades estabelecidas no Brasil (com esse caráter de posse na lei e não no espaço que se ocupa, ou terra que usa pra própria sobrevivência) iniciou-se com a colonização dos portugueses.A coroa dividiu as terras em capitanias, arbitrariamente, e nomeou um grupo de representantes para “administrar” as posses reais.


2 – Quando o Brasil deixou de ser Colônia pra tornar-se Império, não ouve nenhuma mudança significativa na distribuição das terras.Muitos investidores, lusitanos e brasileiros, continuaram a explorar a mão-de-obra escrava, e as mazelas sobre a população que descendia de índios e africanos (mesmo os alforriados) continuou.


3 – Quando foi declarada a República, embora tenham ocorrido muitas lutas, revoltas e tentativas locais de transformação, e a escravidão tenha sido declarada ilegal, o Brasil se manteve um país cuja estrutura agrária permanecera inalterada, do ponto de vista da distribuição e da geração de riqueza e de produção que beneficiasse a maioria.


4 – O período de modernização, urbanização e industrialização de certas regiões nos últimos 150 ano também não se alterou esse quadro de distribuição desigual e geradora de tantas mazelas sociais, como as vítimas das secas no Nordeste. Pelo contrário, com a centralização das propriedades, muitas famílias rurais foram obrigadas e saírem de seus “lugares” para irem sobreviver nas cidades, vendendo sua mão-de-obra barata.Embora a coroa portuguesa não tivesse dimensão do quanto suas ações teriam conseqüências no decorrer de tantos anos, e alguns afirmem que as “Capitanias Hereditárias” não tenha dado certo, é justo afirmar que sua principal característica se manteve...A hereditariedade...Os latifúndios de hoje são o resultado direto e indireto das ocupações coloniais, neocoloniais e desiguais, criadas com a ocupação portuguesa e mantidas nas mãos de poucos, durante as mudanças de regimes políticos, procurando sempre atender aos interesses dessas Elites Rurais, conservadoras e egoístas, representadas nitidamente na bancada ruralista do Congresso Nacional atual.

Graças a essa marca, o Brasil segue herdando o ranking de um dos países com maior desigualdade na distribuição de suas riquezas no mundo.Os Quilombos foram, durante o período da escravidão, um dos poucos movimentos sociais que conseguiram, não apenas com suas idéias, mas também com sua ação, modificar parte dessa estrutura, criando comunidades livres, com um sistema comunal do uso da terra, possibilitando uma vida para os seus habitantes (em grande maioria ex-escravos) muito mais digna do que os que ainda estavam aprisionados e alguns libertos, que se encontravam marginalizados.

Seus remanescentes, descendentes de gente que lutou pra poder gerar uma vida nova e melhor, são hoje milhares, espalhados em vários lugares do território nacional, cada vez mais ameaçados de perder seus espaços, conquistados com o tempo e muita luta.Por não estarem dentro do que o “Estado de Direito” da Burguesia chama de “proprietários”, os quilombolas são constantemente ameaçados de perder seus territórios para os grandes fazendeiros, empresas, investidores...Gente que vê esses espaços como fonte de mais riquezas, mais dinheiro, mais exploração pra aumentar os lucros.Durante os últimos anos, o movimento de homens e mulheres negr*s no Brasil, vêm realizando uma ampla campanha, junto de outros grupos sociais, para que o Estado, apesar de sua condição tão contraditória, reconheça os territórios das populações quilombolas, a fim de lhes garantir a sobrevivência e a cidadania de fato.

Assim como as populações indígenas, que teve suas terras tomadas, e hoje tentam, nas reservas e terras demarcadas, sobreviver às investidas contra seu “lugar”, os quilombolas estão em busca de sua sobrevivência espacial, seu direito milenar, de quem foi arrancado de seu “lugar original” (a África) e trazido pra cá pra gerar o “bem estar” do colonizador, da corte, dos coronéis, dos patrões e seus herdeiros.

O que o movimento “Paz no Campo” e as críticas contra o decreto que garante a posse de determinadas porções de territórios, estão querendo, na verdade, é difundir idéias que confundam a população, utilizando-se de conceitos como “o direito perante a lei”, “raça brasileira”, “harmonia entre os povos”....O que esse discurso esconde, de fato, é uma realidade há muito injusta, pois quando os descendentes de africanos tiveram seus corpos libertos pela lei Áurea, da “Dona Izabel”, tentou-se criar um conceito de que o Brasil era composto de um único povo, uma única raça, miscigenada e feliz, e que todos viviam em harmonia.No entanto, os muitos brasis existentes, a desigualdade de direitos e oportunidades, a exploração dos despossuidos, o uso da mão de obra em condições de semi-escravidão, o coronelismo (Tão presente em lugares como São Mateus, citado pelo autor da entrevista, onde uma elite de proprietários rurais dita as leis, a vida e a morte de toda uma cidade), são marcas de que o processo dessa suposta abolição foi feito com base no MEDO e nos interesses de quem jogou estrategicamente pra não perder sua condição de opressor.É com esse mesmo MEDO, e estratégias manipuladoras, que esses grupelhos de classe média/alta voltam a gritar, receosos de perderem seus privilégios....Receosos de verem as populações negras/quilombolas, orgulhosas e guerreiras, conquistarem um espaço que possa representar para os demais oprimidos, exemplos de que há alternativas à opressão.

Receosos de que esse decreto, que é fruto das lutas de muitos anos, seja o estopim para uma transformação ainda mais profunda, que possa ir escancarando as mentiras, lacunas e injustiças de tantos séculos, e comece o processo de reparação....Uma reparação que deverá cobrar os que oprimiram, fazendo com que os mesmos percam suas regalias, e compensar os que tanto foram oprimidos, devolvendo-lhes os frutos de seu “Sangue e Suor”.

MEDO de um fantasma que em outros cantos chamam de Socialismo....MEDO do que aqui, é o Quilombismo de Zumbi!!!O mesmo MEDO que os grandes escravocratas sentiam quando os Palmarinos partiam da Serra da Barriga pra saquear as fazendas e libertar seus irmãos!!!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Procurador Federal conclui que projeto de lei que pretende derrubar o Decreto 4.887 é descabido, improcedente e inconstitucional

"Conclui-se que o Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2007 é descabido, improcedente e contrário à Constituição". Essa foi a afirmação final do Procurador Federal Walter Claudius Rothenburg em parecer emitido no dia 17 de setembro último, ao analisar o projeto de Decreto que questiona a regulamentação e titulação das terras quilombolas, de autoria do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

Para o parlamentar, a interpretação correta do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias sugere a titulação somente das terras ocupadas atualmente pelos quilombolas, e não das terras que já habitadas por eles no passado.

No entanto, o procurador Walter Rothenburg explica em seu parecer que o artigo 68 da ADCT não necessita de lei para sua aplicabilidade, mas onde esta é exigida, existem diversas normas pertinentes, como a Lei 9.649/98, que atribui ao Ministério da Cultura competência para "aprovar a delimitação das terras dos remanescentes das comunidades dos quilombos" e a Lei 7.668/98, que institui a Fundação Cultural Palmares e lhe dá competência para "realizar a identificação dos remanescentes das comunidades dos quilombos, proceder ao reconhecimento, à delimitação e à demarcação das terras por eles ocupadas e conferir-lhes a correspondente titulação".

Leia aqui a íntegra do parecer.

Em entrevista à Agência Brasil, Colatto afirmou que o decreto presidencial 4.887/03 excedeu qualquer decisão da Constituição. "A Constituição é bem "escura": aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo estar admitidos os títulos respectivos. O decreto extrapolou isso", disse.
Estranho é que, embora o deputado busque a anulação do decreto, ele não propõe nenhuma outra norma que o substitua.

Leia mais sobre o assunto na Agência Brasil:
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/01/materia.2007-10-01.6821946563/view


Walter cita ainda, em seu parecer, que o mais importante "é considerar o tempo transcorrido. Passados quase vinte anos da promulgação da Constituição, não tem mais cabimento essa discussão a respeito da autoaplicabilidade do art. 68 ADCT, senão com intenção de neutralizar o comando constitucional".


E continua, "isso revela que o projeto de decreto legislativo em questão na verdade insurge-se contra a perspectiva de um reconhecimento efetivo do direito de propriedade aos remanescentes de comunidades de quilombos e não contra a validade jurídica do Decreto 4.887".


O parecer contrapõe também, outros argumentos que visam enfraquecer o decreto, como por exemplo, a existência de privilégio, por parte da lei aos quilombolas. Entretanto, o procurador "escurece" que há a ausência de privilégio, já que "é a própria Constituição de 1988 que, originalmente, instituiu um tratamento jurídico diferenciado para os remanescentes das comunidades de quilombos que ocupam ou ocupavam suas terras tradicionalmente, mas não têm título e/ou registro imobiliário. Há o reconhecimento constitucional de uma situação histórica. Regimes jurídicos diferenciados concretizam a igualdade, devendo as situações desiguais ser tratadas de maneira dessemelhante". Afinal, não pode uma comunidade competir com a força do capital de políticos e fazendeiros.

O procurador finaliza seu pensamento escrevendo: "ainda que não se considere a inconstitucionalidade do projeto de decreto legislativo, ele não merece aprovação no mérito. Cabe ao Congresso Nacional, isto sim, afirmar a qualidade do Decreto 4.887/2003", que oferece um procedimento apropriado de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos; permite a materialização do art. 68 ADCT e assegura, assim, um direito reconhecido pela Constituição Federal, mas que mal tem sido implementado; além de responder ao compromisso internacional assumido pelo Brasil ao ratificar a Convenção 169 da OIT.

Walter Claudius Rothenburg é Procurador Regional Federal e compõem o Grupo de Trabalho sobre Quilombos, Povos e Comunidades Tradicionais da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal.

domingo, 14 de outubro de 2007

UMA REFLECÇÃO SOBRO O PAN-AFRICANISMO

"O Pan-africanismo para mim é um rotulo, rotulo este que expressa um sentimento racional de unidade política, social, econômica, militar, histórica e em alguns momentos culturais.
O pan-africanismo sempre existiu, desde os primeiros seres humanos, seres humanos esses, vamos se dizer africano, ou seja, pretos. O Pan-africanismo é usado em prol da liberdade, justiça, ou seja, em prol da vida.
Sempre que seres humanos pretos se encontram em condição de exploração, exploração essa qual for, e imposta por quem for, é que o Pan-africanismo emerge, emerge como uma força capaz de subir e descer montanhas, cruzar lagos, rios e mares, força capaz de apagar incêndios e ir de encontro dos vendavais, nada e capaz de opor-se a esta força.
Esta força hoje esta sendo reconstruída, nos quatro cantos do mundo há um preto Pan-africanista...

Abisogun Olatunji Oduduwa

AUTOR DA NOVELA DUAS CARAS DAR DEPOIMENTO RACISTA A FAVOR DE LUCIANO HUCK

O autor da novela Duas Caras, da Globo, Aguinaldo Silva, se manifestou sobre o recente roubo do Rolex do apresentador Luciano Huck, ocorrido em São Paulo. O apresentador do programa Caldeirão do Huck mostrou sua indignação diante da insegurança do país, através de um desabafo feito ao jornal Folha de S. Paulo, o que gerou muita polêmica. Aguinaldo ainda revelou que também já teve um relógio Rolex roubado, só que no Rio de Janeiro. Ele defende Huck de pessoas que o classificaram de "elite branca", pelo fato de ostentar um relógio cujo valor daria para construir inúmeras casas populares.
“(...) Por conta do seu protesto, o jornal recebeu de volta dezenas de cartas. Nelas o mínimo que se dizia a respeito de Huck é que ele merecera ser assaltado, por fazer parte da atualmente execrada no Brasil "elite branca", e por carregar no braço um relógio (...), cujo preço era o equivalente ao de dezenas de casas populares”, diz o novelista.
Em seguida, Aguinaldo conta um curioso episódio envolvendo um assalto que sofreu e que posteriormente negociou a devolução de seus pertences com o bandido:
“Eu também já tive um Rolex roubado. Foi ali no Quebra-Mar, diante da antiga barraca da dona Augusta, eu dentro do carro e o assaltante do lado de fora com um revólver 38. Sob ameaça eu lhe entreguei tudo que levava comigo, incluindo o Rolex e o telefone Motorola que então chamavam de VIP. Liberado, corri para casa, peguei o telefone convencional e liguei para o VIP. O assaltante atendeu e eu lhe fiz uma proposta: "vamos negociar o Rolex?"
E não é que o bandido topou?
“ (...) durante um encontro marcado sob determinadas condições de segurança, e sem barganha, readquiri quase a preço de loja o meu próprio relógio. E aproveitei para fazer algumas perguntas ao assaltante. Uma delas foi: "por que você faz isso?"Ele me respondeu: "estou desempregado a três anos cara, e tenho um filho que sofre de câncer na medula! Fiquei com tanta pena do sujeito que quase lhe devolvi o Rolex sem pedir o meu dinheiro de volta. Mas, antes que fizesse isso, ele deu uma risada desdenhosa e me perguntou: "mas que otário tu é? Não vai dizer que acreditou nessa história..." Naquela hora, eu pensei - juro a vocês: "ah, se eu tivesse uma arma... Mas se a tivesse claro que não faria nada, pois não tenho aquele instinto de matar próprio de algumas pessoas (...)”
Em seguida, o novelista sai em defesa de Luciano Huck:
“Sim, Luciano Huck faz parte da "elite branca", e sob nenhuma hipótese deve se envergonhar disso. Ele faz parte dela porque trabalha de sol a sol, e paga altíssimos impostos, sem os quais a "elite preta", não muito chegada ao trabalho, não estaria recebendo as benesses da bolsa família. (e não me chamem de racista, por favor, não estou falando de negros, estou falando da oposição aos que são como o nosso querido Huck).”

sábado, 13 de outubro de 2007

Pele Negra e seus cuidados


Pele oleosa, folículite e calosidade. Esse e outros problemas atormentam o dia-a-dia de homens e mulheres. Esses “inconvenientes” são típicos da raça negra, mas graças aos avanços tecnológicos a maioria deles já tem solução definitiva. Para tirar todas as duvidas confira as perguntas e respostas a respeito do assunto:


Pergunta - As mulheres negras têm comumente algumas regiões no corpo textura mais ressecada e tom mais escurecido como joelhos e cotovelos? É normal? Se não, como tratar? Resposta - Isso é normal. Porém quando incomoda, a pessoa podemos clarear através de cremes clareadores, esfoliações ou até mesmo com o laser. Mas devemos tomar muito cuidado para evitar hipopigmentações.


P - O problema de foliculite também é muito comum em homens (na barba) e mulheres (virilha). Como minimizar este problema?

Podemos utilizar antibióticos para se tratar as foliculites. No caso de foliculites de repetição está indicada a depilação definitiva a laser, que com os aparelhos mais modernos, já pode ser feita em pele negra.


P - As mulheres negras têm, até por herança genética, maior concentração de gordura corporal nas regiões das nádegas, coxas e quadris. Quais tipos de tratamentos estéticos são recomendados para esses casos?

Mesoterapia, Cel lyse, Ciclus e Thermoderm. Esses tratamentos são recomendados porque provocam o gasto energético, aumento de atividade celular e eliminação de gordura por meio de sudorese. No caso específico da mesoterapia, ela dissolve a camada de gordura na pele.


P - O pé é outro ponto crítico da raça negra. Além de extremamente ressecado, há o problema das calosidades. Como tratar?

Com o uso de cremes hidratantes, às vezes associado ao uso de substâncias como o ácido salicílco que ajudam na proteção da pele.

domingo, 7 de outubro de 2007

CUFA apresenta o Mundo Mágico do Hip Hop

Circo Hutúz. Este será o tema da edição do maior festival de hip hop do Brasil

O Hip Hop nacional inicia sua preparação para o maior evento de hip hop do país. O Hutúz, realizado no mês de novembro na cidade do Rio de Janeiro já iniciou seu processo de inscrição para participantes e candidatos(as) ao disputado Prêmio Hutúz, Festival de Cinema e demais atrações do evento.
O evento já faz parte do calendário cultural do Rio de Janeiro e reúne os maiores nomes da cena hip hop do Brasil, agregando sempre atrações internacionais de peso. Este ano, grande parte da programação será realizada na Lapa, principal cartão postal da cidade.
Nesta oitava edição, o Circo será o grande tema desta festa. Já está disponível no site o calendário dos eventos simultâneos do Hutúz que compreendem intervenções de grafite, campeonatos de basquete, shows, feira, seminários, cinema e o tão esperado Prêmio Hutúz.
Na premiação deste ano, além das categorias habituais, foi incluída uma premiação para o Melhor site de Grupo de Rap.
Mais informações: http://www.hutuz.com.br/

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Gostando Mais de Nós Mesmos

Perguntas e Respostas sobre Auto-estima e Questão Racial - 2a edição ampliada

Livro de leitura obrigatória. Traz diversas respostas dadas por psicólogos, educadores e psicoterapeutas a questões que dizem respeito não só à população afro-brasileira, mas aos brasileiros em geral.
O projeto do livro começou a ser elaborado pelo Quilombhoje ainda na primeira metade da década de 90, a partir da constatação de que as imagens negativas do negro veiculadas socialmente poderiam ter um impacto sobre as relações raciais. A partir daí foi elaborada a primeira edição do livro, com perguntas que a comunidade freqüentemente levantava. Dentre os autores temos a psicoterapeuta Maria Célia Malaquias e, dentre os colaboradores, a educadora Eliane Cavalleiro.
Autores: Amma - Psique e Negritude / Quilombhoje
Preço: R$ 25,00 (vinte e cinco reais) - esgotado

Mandela, 89 anos

Uma das figuras mais importantes da história contemporânea fez 89 anos no último dia 18


Uma viagem no tempo e na historia da vida de mandela.



O líder Nelson Mandela


(Fundação Palmares) A luta é minha vida. No último dia 18 de julho, comemoramos os 89 anos de vida e de luta de um dos maiores líderes negros já conhecidos. Nossos olhos se voltam para lembrar e conhecer um pouco mais sobre Nelson Rolihlahla Mandela. Nascido em Qunu, 18 de julho de 1918, Nelson Mandela é advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento antiapartheid, Nelson Mandela é sim um guerreiro em luta pela liberdade, bem ao contrário do que considerava o governo sul-africano, o qual temia suas atuações por o classificar como um terrorista.
Como jovem estudante de Direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, o qual negava aos negros (maioria da população) direitos políticos, sociais e económicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano (conhecido no Brasil pela sigla portuguesa, CNA, e em Portugal pela sigla inglesa, ANC) em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo (entre outros) uma organização mais dinâmica, a Liga Jovem do ANC/CNA.



Trajetória política: luta pela liberdade


Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos africâners Partido Nacional apoiantes da política de segregação racial, Mandela tornou-se activo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa antiapartheid. Comprometido de início apenas com actos não violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville (março de 1960), quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, desarmados, matando 69 pessoas e ferindo 180 - e a subsequente ilegalidade do CNA e outros grupos antiapartheid.
Em 1961 tornou-se comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo, fazendo também planos para uma possível guerrilha se a sabotagem falhasse em acabar com o apartheid; também viajou em coleta de fundos para o MK, e criou condições para um treinamento e atuação paramilitar do grupo. Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 12 de junho de 1964 foi sentenciado novamente, dessa vez a prisão perpétua ( apesar de ter escapado de uma pena de enforcamento), por planejar acções armadas, em particular sabotagem (o que Mandela admite) e conspiração para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). No decorrer dos vinte e seis anos seguintes, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos anti-apartheid ao redor do mundo.
Enquanto estava na prisão, Mandela enviou uma declaração para o CNA (e que viria a público em 10 de Junho de 1980) em que dizia: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!" Recusando trocar uma liberdade condicional pela recusa em incentivar a luta armada (Fevereiro de 1985), Mandela continuou na prisão até Fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. O CNA também foi tirado da ilegalidade. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prémio Nobel da Paz em 1993.
Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Alguns radicais ficaram desapontados com os rumos de seu governo, entretanto; particularmente na ineficácia do governo em contar a crise de disseminação da SIDA. Mandela também foi criticado por sua amizade próxima para com líderes como Fidel Castro (Cuba) (Fidel se opôs ferranhamente ao apartheid, ao contrário dos EUA) e Muammar al-Gaddafi (Líbia), a quem chamou de "irmãos das armas". Sua decisão em invadir o Lesoto, para evitar um golpe de estado naquele país, também é motivo de controvérsia.



Caminhadas pela paz


Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush. Ele é uma das duas únicas pessoas de origem não-indiana a receber o Bharat Ratna - distinção mais alta da Índia - em 1990. (A outra pessoa não-indiana é a Madre Teresa de Calcutá.) Em 2001 tornou-se cidadão honorário do Canadá e também um dos poucos líderes estrangeiros a receber a Ordem do Canadá. Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos controversos, atacando a política externa do presidente estadounidense Bush. No mesmo ano, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a SIDA chamada 46664 - número que lembra a sua matrícula prisional.
Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Sua saúde tem sofrido abalos nos últimos anos e ele deseja aproveitar o tempo que lhe resta com a família. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a SIDA. Naquele mesmo mês ele viajou para a Indonésia, a fim de discursar na XV Conferência Internacional sobre SIDA. Em Novembro de 2006, foi premiado pela Anistia Internacional com o prêmio Embaixador de Consciência 2006 em reconhecimento à liderança na luta pela proteção e promoção dos direitos humanos.



Família


Nelson Mandela casou-se três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano e aliado do CNA.



Viver Nelson Mandela


Organizador do livro Mandela: Retrato Autorizado, o professor e político sul-africano Mac Maharaj destacou, em recente visita ao Brasil, quando palestrou no Seminário Diversidade Cultural, em junho último em Brasília, destacou em entrevista ao boletim eletrônico Informe Palmares o que representou para ele conviver com Nelson Mandela. Para Mac Maharaj, "Mandela lhe deu a liberdade e lhe incentivou a buscá-la. Foi um grande privilégio viver por 12 anos na prisão com Mandela e aprender com ele, tê-lo como mentor e aprender as verdadeiras qualidades de um líder, que podem ser resumidas em uma palavra: um verdadeiro líder é um servidor do povo".



Frases de Nelson Mandela:


Sinto-me como um jovem de 50 anos.


Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.


Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram.


Eu faço tudo isso em nome dos principios morais, segundo os quais nao podemos abandonar aqueles que nos ajudaram nos momentos mais sombrios da historia do nosso pais.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Sabedoria africana é narrada em seis histórias que falam da criação do mundo e dos deuses africanos

Há muito tempo, o Brasil recebeu muitos homens e mulheres que foram capturados em diversos lugares da África e escravizados. A história de seus povos, os segredos da sua religião, os modos de fazer as coisas eram contados pelos mais velhos para os mais novos; falaram de seus deuses, de seus mistérios, de sua sabedoria. E as velhas lendas continuaram a ser narradas.

As seis histórias deste livro são uma amostra da sabedoria que o Brasil recebeu da África. Elas falam da criação do mundo e de alguns deuses africanos.

Seis pequenos contos africanos sobre a criação do mundo e do homem
Autor:Raul LodyEditora:
PallasPreço sugerido: R$30,00

Dois em cada três analfabetos brasileiros são negros ou pardos, diz IBGE

Em um país em que quase metade da população declara-se branca, a análise dos índices de analfabetismo revela uma assimetria: apenas 32% dos analfabetos pertencem a esse grupo, enquanto 67,4% são negros ou pardos declarados, segundo a Pnad de 2006 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Traduzindo em números absolutos os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 14,4 milhões de analfabetos, 10 milhões eram negros ou pardos.

Isso faz com que a taxa de analfabetismo entre negros e pardos (14%) seja mais que o dobro daquela entre os brancos (6,5%).

Se levado em conta o índice de analfabetismo funcional (além da incapacidade de ler e escrever, a de entender textos), o abismo racial se mostra ainda mais profundo. O analfabetismo funcional atinge 16,4% dos brancos, 27,25% dos negros e 28,6% dos pardos.

Ainda longe das universidadesOs dados também indicam que a ampliação do acesso ao ensino superior não favoreceu de maneira igual brancos e negros. Entre 1996 e 2006, aumentou em 25,8 pontos percentuais o número de estudantes brancos de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior - de 30,2%, passou para 56%.

Já a participação dos negros e dos pardos nesse nível de ensino aumentou em 15 pontos percentuais, de 7,1% para 22%.A diferença é ainda maior entre as pessoas com mais de 15 anos de estudo - suficientes para concluir o ensino superior: em 2006, 78% delas eram brancas, e apenas 3,3% negras.

"É um resultado pífio, e para mudar o quadro seria necessária a criação de cotas em todas as universidades públicas do país", disse Eduardo Pereira, gestor da Educafro, pré-vestibular de São Paulo dedicado a afrodescendentes.

A situação dos negros e dos pardos é também pior quanto à renda: mesmo na comparação entre pessoas de mesmo nível de escolaridade, a renda média dos negros e pardos é, em média, 40% menor do que a dos brancos.

Brancos com mais de 12 anos de estudo ganharam, em média, R$ 15,90 por hora, em 2006, enquanto os negros e pardos receberam R$ 11,10.

"Tintim" é novamente acusado de racismo

O Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP), uma das mais importantes organizações francesas contra o racismo, se pronunciou nesta segunda-feira a respeito da polêmica em torno de "Tintim", um dos personagens mais famosos no mundo dos quadrinhos e que tem sido constantemente acusado pelo conteúdo racista em suas histórias.



A MRAP solicitou à Editora Casterman, que publica os diferentes álbuns de "Tintim", que inclua na nova reedição do livro "Tintim no Congo" um chamado de alerta contra os "preconceitos raciais".

A posição da MRAP, que reiterou seu "compromisso com a liberdade de expressão", foi mais contida em comparação a outras sobre o mesmo tema, que reclamaram claramente e até pediram que o álbum fosse posto fora de circulação.


Esse novo episódio do controverso "Tintim no Congo" começou em julho, quando a Comissão britânica para a Igualdade das Raças (British Commission on Racial Equality) acusou o livro de racista e pediu que ele fosse retirado de circulação.


Por essas denúncias, a Borders, uma das grandes livrarias britânicas, decidiu retirar o livro da seção "literatura para crianças" e colocá-lo em "Tiras cômicas para adultos".


Poucos dias depois, um estudante do Congo da Universidade livre de Bruxelas apresentou, na justiça da Bélgica, uma queixa para denunciar o caráter racista da publicação e para solicitar que ela fosse retirada de venda.


No início de setembro, o Conselho Representante das Associações Negras (CRAN), na França, considerou a tira ofensiva e solicitou à Casterman que a retirasse das livrarias.

"Nesta tira cômica, os estereótipos sobre os negros são particularmente numerosos", afirmou Patrick Lozès, presidente do CRAN, organismo criado em 2005 e que afirma reunir cerca de 120 associados.

"Os negros são mostrados como imbecis e até mesmo os cachorros e os animais falam francês melhor", disse Lozès, recordando que o próprio autor da tira, Georges Remi (Hergé), havia reconhecido que teria escrito a tira "sobre forte influência da época colonial".

"Tintim no Congo" foi publicado pela primeira vez em 1930, pela revista belga Le Petit Vingtième e logo depois pelas Edições Casterman, que obteve os direitos de publicação exclusiva dos diferentes livros que narram as aventuras do jovem repórter.

Este álbum foi lançado após "Tintim no país dos soviets", em que Hergé utilizou como fonte de documentação um panfleto marcadamente anti-soviético, escrito por um ex-cônsul belga.

"Timtim no país dos soviets" não foi republicado pela Casterman e os exemplares publicados em 1920 se tornaram em objeto de colecionadores e de numerosas falsificações, antes de uma edição em série em 1981.

Hergé afirmou mais tarde que no momento que criou os dois álbuns vivia em um meio que prejudicava sua visão sobre a antiga União Soviética.

"Era em 1930 e eu não sabia nada sobre esse país, além do que as pessoas relatavam nessa época", afirmou.

Hergé defendeu sua obra alegando que os personagens eram fictícios e que se eles faziam os brancos sorris, também podia fazer os congoleses gargalhar porque lhes dava motivo para debochar da estupidez dos brancos que os viam como eram representados pela tira cômica.

QUILOMBOLAS: Audiência pública encaminha ações pela defesa do Decreto 4.887

Após seis horas e meia de debates, centenas de quilombolas - a estimativa é que eram mais de 500 - de todas as regiões do Brasil, a audiência pública promovida pela 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal foi considerada um sucesso por quilombolas e também por representantes de órgãos públicos federais. O principal tema da audiência, coordenada pela subprocuradora-geral da República, Deborah Macedo Duprat de Britto Pereira, foi a discussão em torno do Decreto nº 4.887/03, que regulamenta a identificação, o reconhecimento, a demarcação e a titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombos. O auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, foi pequeno para abrigar a tantas manifestações de apoio ao decreto e também exigência de explicações acerca das titulações. Alguns encaminhamentos foram aprovados. Entre eles, o pedido de uma audiência com o presidente Luís Inácio Lula da Silva.


Em comum acordo com o movimento quilombola, ficou acordado também entre os dirigentes presentes à audiência - o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo participou do evento - que as discussões acerca da manutenção do Decreto 4.887 e também ações de titulação de comunidades quilombolas serão ampliadas nos estados. Outro ponto frisado no evento veio por parte do Movimento Quilombola, o qual enviará uma moção ao Supremo Tribunal Federal contrária a Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita na pauta contra o 4.887. Para a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) ficou a tarefa de promover, como mais uma iniciativa do Programa Brasil Quilombola, o levantamento de todos os municípios que recebem recursos destinados a pastas sociais, a fim de garantir o aporte de verbas para ações junto às comunidades. Para a Advocacia Geral da União (AGU) ficou também a determinação de criar comissões de mediação de conflitos entre órgãos governamentais no que diz respeito a aplicabilidade do decreto. Também foi encaminhado ao Ministério do Meio-Ambiente informar ao Ministério Público Federal todas as áreas e comunidades quilombolas que serão atingidas por ações do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.


A oportunidade de vir a Brasília e dar seu apoio a defesa dos direitos da população quilombola foi marcante para o trabalhador rural Arielson da Silva Neto. Morador da Comunidade Quilombola do Araçá-Volta, localizada 16 km de Bom Jesus da Lapa, BA, lutar pela defesa da terra também é brigar pela manutenção de uma cultura que lhe foi passada por seus avós e seus pais. "Temos medo de este decreto ser revogado e assim não termos direito a nossas terras. Estamos aqui para brigar por nossa área", disse Arielson, morador de uma comunidade que integra 144 famílias em seu território. Para Ivaldo Silva Souza, segundo coordenador da Aconeruq, do Maranhão, o governo é sim chamado a se unir favoravelmente a uma batalha que se estende desde a abolição da escravatura, pois o negro ganhou a liberdade e não ganhou o acesso à terra.

Ordem do pai faz Hamilton, quase campeão, ir cedo para a cama

Lewis Hamilton pode estar a apenas uma corrida de se tornar o primeiro estreante a vencer o Mundial de Fórmula 1, mas a festa terá de esperar.

Presença constante no paddock da McLaren, Anthony Hamilton vai garantir que nos próximos dias seu filho, de 22 anos, vá cedo para casa e se empenhe nos treinos, deixando de lado o champanhe e as baladas.


"Não dá para fazer festa quando se está correndo. Nada de fumar, nada de beber, nada de mulheres, só trabalho", disse ele após a vitória de Lewis Hamilton no domingo, num encharcado circuito de Fuji. "Se você quer ir para a festa e topar com mulheres, aí é melhor escolher outro emprego.


"Com quatro vitórias em 15 provas, o jovem abre 12 pontos de vantagem sobre seu colega de equipe, o bicampeão espanhol Fernando Alonso. Faltam apenas duas provas para o fim da temporada.


Hamilton precisa vencer no domingo o GP de Xangai para ficar com o título, mas também é possível que liquide a fatura apenas chegando à frente dos rivais Alonso e Kimi Raikkonen, da Ferrari. Caso não consiga, a decisão ficará para o GP de Interlagos.


O pai do favorito prefere que o filho não pense nisso. "Lewis só foca em ganhar uma corrida. A próxima corrida é o que é importante para ele agora.


"Parece que já faz uma eternidade que Hamilton estreou na categoria, em março, sob suspeita de que talvez ainda estivesse verde para a Fórmula 1 -- idéia hoje risível. "É engraçado a palavra 'hype' (para se referir à 'moda' Hamilton). Essa palavra nos seguiu por aí desde que ele tinha sete anos...Pois em cada estágio provamos que a palavra nunca se aplicou a nós. Aplica-se aos outros. Viemos, tentamos fazer um trabalho honesto, vamos embora, reconstruímos e tentamos de novo. Não há hype em torno de Lewis", disse o pai dele.


"Só há uma coisa que vocês podem fazer sobre Lewis, que é escrever os fatos com base nos resultados. Eles falam por si", completou Anthony.


Tais estatísticas, de fato, são notáveis: nove pódios seguidos no começo da temporada, quatro vitórias (sendo duas consecutivas, no Canadá e nos EUA) e cinco poles. Em 15 provas, só ficou fora do pódio em três.


Sendo o primeiro negro a disputar a categoria na história, Hamilton já demonstrou que pode atrair novas audiências para a Fórmula 1, como fez Tiger Woods no golfe. Anthony Hamilton sabe bem disso. "Se ganharmos o campeonato, será demais", afirmou, todo coruja. "Mas não é grande só para nós, seria realmente grande para todos."