terça-feira, 25 de agosto de 2009

Poesia Preta (Cap. 2)


Lamentos de um sonhador. Este é o título da obra de José Natividade – o poeta quilombola, como ele próprio faz questão de ressaltar. Neste trabalho, lançado no último dia 12, o poeta quilombola manifesta suas lamúrias proporcionadas pela falta de amor entre as pessoas. Este sentimento é bem explícito no poema Lamento e Saudade. Entretanto, nos versos de Meu Pai, Meu Rei, Natividade toma como referência seu genitor, nos revelando que nossos paradigmas estão entre nosso povo.
Trecho do poema Meu Pai, Meu Rei:

Meu pai, meu rei!
Foi herói aqui na terra,
E será lá no Céu,
Onde vai ser recebido triunfante
E de cabeça erguida,
Com sua missão cumprida.

Meu pai, meu rei!
Orgulho-me de ser seu filho,
Tudo o que sou
Devo a um homem nobre
Que é o senhor,
Meu exemplar protetor.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Porto do Abacate da Pedreira...o porto seguro da liberdade



No dia 01 de agosto fui até a comunidade ribeirinha quilombola do Porto do Abacate da Pedreira. Quando cheguei pensei em nossos ancestres que foram usados no trabalho escravo para carregarem as pedras para a construção da Fortaleza de São José de Macapá e não podiam contemplar aquela natureza estonteante e majestosa.

Negros incorfomados com a condição de "mãos e pés dos senhores" embrenharam-se e encontraram naquele lugar um porto seguro para a liberdade. Lugar de beleza ímpar, fez-se morada dos afrodescendentes, hoje já bastante miscigenada, mas não deixa de ser caracterizada por essa gente...gente da pele preta...dos dentes brancos...da gente que sabe viver em harmonia com a mãe-natureza.