quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sabedoria griot




Uma das maiores riquezas que temos é a sabedoria popular. Ontem encontrei uma preta velha, que não via a algum tempo, batemos um bom papo descontraído e revelei que minha mãe tinha se acidentado e quebrado o pé esquerdo mas que já estava bem. Foi aí então, que Dona Nalica, como é carinhosamente chamada, pediu pra que fosse eu até sua casa buscar umas folhas pra fazer um remédio pra ajudar a recuperação da minha mãe.


Quando cheguei em sua casa, Dona Nalica, trouxe pra mim, cerca de cinco folhas grandes e de um verde intenso. A planta é a Malvarisco, muito semelhante ao tajá e, que é utilizada no tratamento de fraturas, contusões e baques.


Assim como D. Nalica, Macapá possui uma gama de "médicos populares". Quem não conheceu e/ou conhece Sacaca, Crioulo, Crioulo Branco, D. Pagoa, Seu Biló, D. Castorina, Seu Malvão, Dona Maria Independência entre outros.

domingo, 25 de julho de 2010







No dia 25 de julho de 1992, em Santo Domingo - República Dominicana, foi realizada o I Encontro das Mulheres Afro-latino-americanas e afro-caribenhas. O objetivo do encontro foi criar estratégias de ações conjuntas das mulheres negras na afro-diáspora para o enfrentamento ao racismo, sexismo e às desigualdades sociais baseadas no gênero e raça.




A partir de então, as organizações vêm atuando no sentido de consolidar a data como forma de denunciar a opressão contra as mulheres negras e também propogar as lutas no sentido da promoção da valorização da mulher afro-desecendente no Brasil, nas Américas e no caribe.






Em Macapá, a Articulação de Mulheres Negras da Amazônia Brasileira - FULANAS, realizaram uma programação para lembrar a data, além de registrar uma vitória significativa do movimento. A data foi legitimada por meio da sanção da Lei nº 1714/2009, que celebra a data em forma de reconhecimento da luta das mulheres negras no munípio.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Reconstruíndo espaços vulneráveis - Entretenimento com consciência







A estigmatização dos espaços periféricos vem sendo enfrentada vêementemente pelo movimento hip hop ao longo dos anos no Brasil. Nesta perspectiva, o hip hop parte da premissa de que os espaços geográficos de vulnerabilidade social em que a ausência do estado só não é total pela presença do aparato repressor - a polícia.



Piçarreira - no bairro Jesus de Nazaré - Um local antes rotulado como potencial de violência e deliquência, hoje se caracteriza como um dos espaços de maior propulsores da cultura, com artistas que possuem a consciência política de perceber a arte como ferramenta de transformação. No último domingo, tivemos mais uma prova disso, o Periferia sem fome, Hip Hop em Ação promoveu uma bela ação sócio-cultural com intervenções culturais, arrecadação de roupas para distibuir às pessoas carentes, distribuição de preservativos e revistas educativas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Terça-feira é dia de gira


Com o intuito de proporcionar um momento de aprofundamento dos preceitos do axé, a roça Abassá Bengue Inkise Nzinga Lobondo, tendo como coordenador Tata Kassumagê, realiza, toda terça-feira, a partir das 20h00, a Gira de Desenvolvimento Mediúnico para todos e todas que desejam desenvolver sua espiritualidade como fonte direta de riqueza da alma e da matéria. Quem é do axé e tem fé vai encontrar muita paz, amor e fraternidade.

domingo, 4 de julho de 2010

Do hip hop ao quilombo


O Projeto Bacuri é um programa que visa desenvolver a educação infantil nas comunidade quilombolas do Amapá. Em determinada oportunidade, a Federação Amapaense de Hip Hop - FAHHP foi trocar uma ideia com as crianças do quilombo do Maruanum para falar sobre educação e cidadania. Na realidade, foi uma interação muito louca, porque o hip hop teve a oportunidade de conhecer melhor a cultura tradicional da comunidade e o quilombo pôde perceber a atuação do hip hop com manifestação da cultura afro. De acordo com o B.boy Spaick, foi importante pra conhecer de perto a importância da cultura tradicional para a construção da identidade do povo amapaense. "O mais interessante nisso tudo é que as crianças já percebem que a cultura do marabaixo é um aspecto de relevância na vida deles", salienta Spaick.

Para a coordenadora do Projeto na comunidade do Maruanum, Rosinete Santos, é uma experiência única a presença da cultura hip hop em que a comunidade teve a experiência de compreender a lógica de organização social do hip hop e sua afinidade com a cultura negra.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

POESIA EM VERSOS NEGROS


O dia 21 de junho - data de nascimento de dois ícones da literatura - Machado de Assis e Luis Gama, este um mártir da luta abolicionista no Brasil e da literatura enganjada. Para celebrar a data, organizamos uma maneira de propogar a produção literária afro-macapaense na escola municipal Pará. Nomes Creuza Miranda, Dagoberto Paranhos, João Ataíde e Willy Miranda foram os escritores que receberam uma singela homenagem na oportunidade. Humilde, simples, mas muito importante e valorosa para propagar a literatura com enganjamento étnico/racial.
"Meu povo conta através do canto;
Sua glória,
Sua bravura,
Sua história,
Num sorriso visionário,
Sedento de justiça!"
Trecho do poema "Meu Povo" de Dagoberto Paranhos