quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marcointernacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas.

O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras do estado, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.



Hoje no Amapá, a Rede Fulanas, estará promovendo uma ação social na Praça da Bandeira, a partir das 16h00.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

SEPPIR pede ao Ministério Público para monitorar intolerância religiosa em Pernambuco


No ano em que se celebra o centenário de um dos episódios históricos mais violentos contra povos de comunidades tradicionais - a "Quebra de Xangô", ocorrida em Maceió, em 1912 - a intolerância religiosa volta a se repetir, desta vez, em Recife. O Jornal do Comércio de Pernambuco divulgou hoje (18) um vídeo em que centenas de pessoas tentaram invadir um terreiro de matriz africana no último domingo (15). O acontecimento se dá quatro dias depois de um outro grupo de pessoas invadir e atear fogo em terreiros da cidade Brejo Madre de Deus, no agreste pernambucano, onde um menino de nove anos foi assassinado num suposto ritual de sacrifício em que os suspeitos seriam umbandistas.
Diante da gravidade da situação e do risco para os fieis das tradições de matriz africana em Pernambuco, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) solicitou auxílio do Grupo de Trabalho Antirracismo do Ministério Público do Estado para monitorar os acontecimentos.
Em Recife, o ato de intolerância religiosa foi registrado pelo babalorixá Érico Lustosa, que narra o vídeo cobrando uma posição da polícia a fim de evitar uma "guerra religiosa". Na descrição do vídeo postado no Youtube, Lustosa afirma que as pessoas gritavam "Sai daí, demônio" e forçavam o portão do terreiro, que não teve seu nome divulgado.
"Em todos os segmentos populacionais, em todas as tradições, em todas as religiões podem existir pessoas desonestas e criminosas. A generalização que leva à depredação desses terreiros é fruto do racismo, que impede que se enxergue os atos individuais nessas circunstâncias. Não é porque alguém supostamente ligado a esta ou aquela tradição cometeu um crime que se justifica essa resposta agressiva a toda uma comunidade", avaliou a secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Silvany Euclênio.
Já em Brejo de Madre de Deus, o motivo da revolta contra o terreiro foi o fato de terem sido encontrados utensílios semelhantes aos usados em rituais dessas comunidades tradicionais e de os suspeitos se intitularem como umbandistas. Porém, de acordo com o diretor do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir) de Pernambuco, José Arruda, nas caminhadas de terreiros "não há registro daquela comunidade".
Distorção - O caso ganhou espaço na mídia local, que, como prática recorrente, denominou o crime como um "ritual de magia negra". "A palavra negra, nesse caso, traz a carga negativa para uma suposta prática religiosa ou tradicional, que, na verdade, é apenas criminosa e não está relacionada a raça", explica Silvany Euclênio. Lideranças tradicionais de matriz africana passaram a usar a Internet para manifestar solidariedade à família da criança e explicar que condenam rituais que envolvam morte humana.
Quebra de Xangô
A Quebra de Xangô foi uma das maiores violências sofridas pelos povos de comunidades tradicionais no país. No dia 02 de fevereiro de 1912, na cidade de Maceió, em Alagoas, centenas de pessoas invadiram, depredaram e queimaram os principais terreiros de Xangô da cidade, espancando líderes e pais de santo dos cultos afros. A imprensa teve um importante papel nos ataques aos terreiros. Alguns jornais usavam termos pejorativos ao se referir aos rituais. O Jornal de Alagoas realizou uma série de matérias intituladas "Bruxaria", que foram publicadas nos dias que se seguiram ao episódio.

Fonte: geledes.org.br

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Mais uma caso de injustiça na cena do rep nacional!




ALEXANDRE FERREIRA, o Nego Lê, está preso por mandado de prisão preventiva por um crime de tráfico ocorrido no ano de 2010, porém não consta nada no inquérito policial ou na ação penal que possa vinculá-lo à referida prática criminosa. Não existe nenhuma sentença ou prova material que possa justificar sua prisão ilegal.
“Não ha flagrante, não ha escuta, nem caguetagem, que associa-se ele nesse Bang”, afirmou Dj Yzak.
Sua defesa em primeira instância ja pediu relaxamento de prisão e liberdade provisória que foi negada pela Juíza da Vara Unica da Comarca de São Simão. A fundamentação da prisão cautelar em nossa opinião não poderia ensejar a prisão determinada. Um pedido bem elaborado de Habeas Corpus ja foi confeccionado e deve ser protocolado hoje no Tribunal de Justiça de São Paulo. Esperamos que o colegiado de 2ª instância faça valer a justiça, bem como a lei penal brasileira e determine a imediata liberdade de nosso assistido. Em breve publicaremos o resultado.
“O Lê tem residência fixa, tem trabalho, nunca prejudicou as investigações, alias a unica vez que foi intimado nesse processo, compareceu !!! Pergunto a meus parceiros (as).. A preventiva teria necessidade e fundamentação nesse caso? enfim… contamos com todas as vibrações positivas para as finais com desfecho favorável, forte abraço obrigado pela atenção de todos !!!”, finaliza o Dj do grupo Consciência X Atual.

Fonte rapnacional.com.br

94 anos de luta pela liberdade! Viva Mandela

Nesta quarta-feira, 18 de julho, comemoramos o Dia Internacional Nelson Mandela.

Leia abaixo a mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon:

"É com muito prazer que digo hoje: Feliz Aniversário, Nelson Mandela.

Nelson Mandela tem sido um advogado e um lutador da liberdade. Um preso político, um pacificador, um presidente. Um curador de nações… e um mentor para várias gerações de líderes e pessoas de todos os lugares de todo o mundo.

Nelson Mandela dedicou 67 anos da sua vida para mudar a vida do povo da África do Sul.

O nosso presente para ele pode – e deve – ser mudar o nosso mundo para melhor.

Hoje me uno à Fundação Nelson Mandela para pedir a todos e cada um de nós que realizem 67 minutos de serviço público neste Dia Internacional Nelson Mandela – um minuto para cada ano de serviço que Madiba dedicou à humanidade.

Ensine uma criança. Alimente os que têm fome. Cuide do meio ambiente. Seja voluntário num hospital ou num centro comunitário.

Faça parte do movimento Nelson Mandela para tornar o mundo um lugar melhor. Esta é a melhor forma de desejar a Nelson Mandela um feliz 94º aniversário.

É a melhor forma de lhe agradecer por ser uma inspiração para todos nós.

Atue. Sirva de inspiração para a mudança. Faça de cada dia um Dia Mandela."

sexta-feira, 13 de julho de 2012

OS HUMANOS MAIS RICOS GENETICAMENTE


O homem mais velho do grupo étnico khoisan, na região sudoeste de África, é agora uma referência para a ciência mundial. O seu genoma completo é hoje apresentado como parte de um estudo dedicado a incluir os grupos étnicos do sul de África no catálogo dos genomas conhecidos. A investigação foi coordenada por Stephan C. Schuster, da Universidade da Pensilvânia, com a colaboração de vários institutos da América, África e Austrália.
A investigação, que faz a capa da mais recente edição da «Nature», conclui que os Khoisan (também conhecidos como bosquímanos) são muito mais diversificados geneticamente do que os europeus. O seu DNA contém mais de uma milhão de variações que até agora não se conheciam.

No estudo, os investigadores explicam que
 “a estrutura genética dos povos indígenas caçadores-recolectores do sul de África, a mais antiga conhecida linhagem do homem moderno, é importante para se compreender a diversidade humana”.

Anteriores estudos genéticos mostravam já que essa etnia divergia geneticamente de outros grupos humanos.

Agora, revelou-se a sequência genética completa do ancião !Gubi, do deserto Kalahari, na Namíbia, e de um banto da África do Sul, neste caso do bispo anglicano e prémio Nobel da Paz Desmond Tutu.

Compararam-se os resultados com outros três Khoisan de diversos sítios de Kalahari. De referir que o grupo banto é predominante na África do Sul e descende de agricultores, enquanto os Khoisan vivem há milhares de anos da caça e da recolecção.

Estes são os que se encontram, na árvore da vida, mais próximos do primeiro humano moderno, que surgiu há 200 mil anos.

Compreender diversas doenças

O estudo identificou 1,3 milhões de variantes genéticas que ainda não tinham sido observadas. Essas variações revelam que os africanos do sul são bastante distintos geneticamente dos europeus, dos asiáticos e mesmo dos africanos ocidentais.
Curiosamente, entre cada um dos khoisan analisados existem mais variações genéticas do que entre um europeu e um asiático, o que prova a sua enorme riqueza genética. Os investigadores acreditam que este estudo pode ser também o início para a compreensão de diversas doenças.

O historial médico da vida de cada um dos participantes acompanhou o estudo, facilitando a identificação de diferenças genéticas que podem ter contribuído para as suas particulares condições de saúde.

Os cientistas esperam que esses genomas possam permitir uma identificação mais precisa das doenças causadas por variações genéticas raras nos africanos do sul e também na população humana em geral.

Matéria extraída da Revista Ciência Hoje

QUE DESCANSE EM PAZ O AUTOR DO HINO DA NEGRITUDE!!!!!!

Morreu na tarde desta quinta-feira (12/07), no Hospital do Servidor Público de S. Paulo, o professor, ex-vereador paulistano e poeta, Eduardo de Oliveira, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) e uma das mais importantes lideranças vivas do Movimento Negro Brasileiro.

Ele sofria de problemas cardíacos e teve uma insuficiência renal causada por arritmia cardíaca, que provocou sua morte. O velório acontecerá a partir das 11h desta sexta-feira (13/07), na Câmara Municipal de S. Paulo, no Viaduto Jacareí, 100, centro de S. Paulo.

A morte do professor Eduardo, que era autor do “Hino da Negritude”, provocou tristeza e consternação na maioria das lideranças do Movimento Negro. “O Movimento Negro brasileiro está enlutado, entristecido com o passamento do professor Eduardo de Oliveira. Sua história de lutas para um Brasil progressista e independente, com um povo nutrido e feliz, se soma a toda uma trajetória de vida contra o racismo e os preconceitos.


Fonte: afropress.com