sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Rompendo paradigmas e buscando novas perspectivas




Se misturarmos hip-hop, capoeira, marabaixo, batuque e dança afro. Qual será o resultado??? O resultado dessa miscelânea de elementos da cultura negra é muito simples – é AFRO-RITMOS.
O AFRO-RITMOS é uma nova proposta cultural que procura fundir ritmos tradicionais negros (marabaixo e batuque) com a capoeira, até chegar no hip-hop. Isso tudo, tendo noções básicas de negritude e resgate da auto-estima de nosso povo. É importante frisar que o AFRO-RITMOS é um projeto desenvolvido dentro de uma comunidade quilombola – o Curiaú.
Tudo iniciou em junho deste ano, quando o Movimento Afro Jovem do Amapá – MOAJA decide realizar algumas atividades dentro do quilombo. A partir de então, crianças e jovens passam a ter contato com a capoeira, através do irmão Bicudo; e o hip-hop, por meio da Crew Mec Loucos (B. boys) e mais tarde o nosso irmão Marcelo abraçou o projeto e o hoje reforça o time responsável pelo projeto. Isso sem deixar de trabalhar a questão racial dentro dessa proposta cultural.

Relevância do Trabalho

Na real, esse projeto é importante porque agrega jovens e adolescentes quilombolas numa perspectiva de proporcionar-lhes um novo olhar, uma nova postura diante de uma sociedade racista, que atua de forma bastante maliciosa e covarde. Nesse contexto, o AFRO-RITMOS busca construir no seu público-alvo, jovens conscientes de sua negritude e, assumi-la é a nossa principal arma para combater o racismo e preparar nossas crianças e jovens para enfrentar a sociedade racista.
Por meio de práticas culturais de origem negra conseguimos oportunizar a possibilidade de mudança de atitude destes jovens que, encontraram no AFRO-RITMOS, um porto seguro para a reconstrução do orgulho negro amapaense.
Sendo assim, o AFRO-RITMOS já começa a ocupar alguns espaços importantes na cena cultural amapaense. Um exemplo disso foi a participação do grupo no Projeto Botequim do Sesc/Araxá e no ato show da Caminhada Zumbi dos Palmares deste ano.


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