segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PREVISÕES DE IFÁ PARA O ANO 2011



Este documento é dirigido aos irmãos, afilhados, Babalawós, Apetebis, Awofakas, Oriates, Babalorixás, Ialorixás e Iworós, povo religioso e a todos os que possa interessar.
Durante os dias 11 e 12 de dezembro de 2010, durante todo o dia e a noite, um grupo de Babalawós Cubanos e brasileiros, iniciados em Cuba e no Brasil, acompanhados por diversos Babalorixás e Ialorixás, se reuniram na sede da Sociedade de Cultura Afro-Cubana no Brasil, situada na Rua Santa Filomena sem número - Leque Azul - Praia de Mauá - Rio de Janeiro, com o propósito de cumprir com todas as cerimônias que permitem determinar o ODU e ORISÁS que governarão este ano no Brasil.
Tais cerimônias foram presididas e dirigidas pelo babalawó cubano Rafael Zamora Awó ni Orumilá Ogunda Keté, que incluem sacrifícios no mar, rio, lagoa, cemitério, mato, estrada, encruzilhada, poço e no alto de uma montanha, além de sacrifícios e oferendas a Elegbara, Ogun, Ozun, Éggun, Azuwano, Oke, Sangô, Olokun, Orisaoko, Osalá, Odúduwa, Inle aguere, Esumare e Olofin. Com o objetivo de alimentar e dar conta a todas essas energias do que seria realizado.
Como todos os anos a letra de 2011 foi sacada pelo babalawó mais novo, ou seja, o último iniciado do ano de 2010, Awó OGBE GUANHE. Estavam presentes também os seguintes awos:Rafaelito Zamora awo Irete Untelu,Carlos Esteves awo Ika Yekun,Cláudio awo Irete Untelu,Marcos Vinicius awo Osa Kulejá,Nilson Novais awo Ogunda Leni,Cláudio Awo Oshe Fun,Junior awo Ofun Tenpola,Daniel Awo Ogunda Dio,
Jorge Awo Baba Eyogbe,Sergio Junior Awo Iwori Logbe,Andrés Luis Awo Edigbre,Alcio Awo Osa Fun,Adalto Awo Ose nilogbe,Robinho Awo Ogunda Kete,Luis Azevedo Awo Baba Eyogbe,Egidio Awo Oyekun Bika,
entre outros.

OSA IWORI

Testemunhos

OJUANI OGUNDA – OJUANI BOFUN

- Profecia:

IRÉ ASEKUN OKUTA (vencimento das dificuldades)
LESE EGUN ARA (através dos ancestrais familiares)
ONISÉ NI EGUN ARA (trabalho com egun)
KAURE, ALAIGUI. (flores variadas durante todo o ano)
OTAN. (acabou)

- EBO MARCADO: *Um frango para ELEGBARA, um carneiro e dois galos para SANGO, duas pombas para OGUN e ORISAOKO, vários grãos, verduras e frutas, um jogo de ferramentas de OGUN, terra de diferentes lugares movimentados da cidade, carne de vaca, um casal de bonecos de pano, uma ratoeira, um ofá de metal pequeno, bogbo asé.

ORISA AGAYU
Na mitologia Ioruba, Aganju é o orisá dos vulcões, do deserto e do rio.

É um Orixá de grande antiguidade.

Lukumi, seguidores desta religião, acreditam que Aganju é uma força que, como o sol que é o seu símbolo, é essencial para o crescimento, bem como um cultivador de civilizações. Como o vulcão com o qual ele também está associado, ele é o alicerce sobre o qual as sociedades são construídas e é o catalisador para a produção de grandes quantidades de riqueza e comércio necessário para o desenvolvimento avançado. Ele é considerado pelos praticantes Lukumi por seu papel em ajudar aos humanos a superar grandes sofrimentos, bem como as barreiras psicológicas. Como o vulcão,Aganju é conhecido por sua lendária força e sua capacidade de provocar uma mudança drástica.

Aganju é fortemente associado à SANGO. Alguns afirmam que ele é o pai deSANGO, se não, pelo menos, seu irmão. Aganju tem sido associado a OSUN, com quem teve um relacionamento, bem como com IEMANJA. Ele é associado com o ombro e com a força, poderoso, de caráter e determinação. É um membro reconhecido da família real divinizado do velho OYO, ele é considerado "um coração".


ORISA IEMANYA

Na mitologia Iorùbá, Iemanjá é uma deusa-mãe; divindade padroeira das mulheres, especialmente mulheres grávidas.

Iemanjá é um orisa, originalmente da religião iorubá, que se tornou proeminente em muitas religiões afro-americanas. Ela é o oceano, a essência da maternidade, e uma protetora das crianças. Seus pais são Oduduwa e Obatala . Há muitas histórias de como ela se tornou a mãe de todos os santos. Ela era casada com Aganju e tiveram um filho, Orungan, e quinze Orisás sairam dela. Incluindo Ogun, Olokun, Sapana e Sangô. Outras histórias diriam que Iemanjá sempre esteve lá no início e toda a vida veio dela, incluindo todos os orixás.

Seu nome é uma contração de palavras iorubá: "Yeye emo eja" que significa "mãe cujos filhos são como os peixes". Isso representa a vastidão da maternidade, a fecundidade e seu reinado sobre todas as coisas vivas.



Conselhos espirituais, socias e para saúde :

A bandeira que cuidará de nossas casas este ano será confeccionada com as cores metade marrom e metade azul.
O principal conselho deste odun é ter muito cuidado na hora de fazer favores. Pois durante este período fazer favores, sobretudo a pessoas em quem confiamos, poderá nos trazer problemas sérios como, por exemplo: botar em perigo nossa própria vida, perder nosso emprego, nossa casa, a nosso cônjuge, nossa tranquilidade, nossa sorte e nossas amizades.
Deve-se evitar que pessoas que não convivem dentro de nosso lar o façam, pois por muito que acreditemos nelas, podem nos causar sérios problemas.
Será um ano onde os meios do poder publico farão muita fiscalização. Ifá aconselha a manter-se dentro da legalidade. Para com isto cuidar da nossa liberdade, tranquilidade mental e emocional.
Este será um ano de muitos conflitos sociais que deixarão as ruas bem perigosas acarretando mortes e acidentes trágicos. Será muito prudente cuidar muito de nosso lado espiritual, fazendo uso continuo dos eboses para evitar a morte e afastar as negatividades.
Neste ano devemos fazer oferendas de flores para nossos ancestrais e de frutas para ELEGBARA e pedir por nossa proteção.
Irmãos, dentro da informação deste odu esta que nasceu o raio ou descarga elétrica. Será prudente evitar ficar em lugares onde poderíamos estar expostos a este tipo de fenômeno, pois serão muito frequentes os acidentes provocados por isto.
Este signo fala do desenvolvimento natural e nos prognostica que nosso país terá um avanço econômico significativo.
Será um ano de muitas chuvas, ajudando em muitos lugares o bom desenvolvimento da agricultura e prejudicando significativamente em outros lugares, onde haverá enchentes e penetração do mar.
Babalawos, obas oriate, ijalorisas, babalorisas, apetegbises, awofakas e em sentido geral o povo de santo que reconhecem a veracidade e importância dos Orisas ORISAOKO, OSOSI, ODUDUA E ORUN devem assentar estes orisas , pois durante este período suas energias e forças serão fundamentais para manter o bom equilíbrio emocional e a estabilidade da saúde.
2011 não será um bom ano para confidenciar problemas íntimos nem comprometedores com nossos amigos, pois sofreremos decepções devastadoras.
A hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui. Essa palavra passou, mais tarde, a designar moralmente pessoas que representam que fingem comportamentos. É daí que o termo hipócrita designa alguém que oculta a realidade atrás de uma máscara de aparência. OSA WORI nos alerta sobre este comportamento por parte de falsos amigos, nossa arma será, ser hipócrita também com eles.
Ifá recomenda aos homens em fase de separação matrimonial ou em crise de discrepância, terem muito cuidado com os conselhos e influências dos amigos de sua companheira, pois a má influência e a inveja podem converter sua mulher em sua inimiga.
Amigos, a inveja é um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos, não podendo suportar que outro seja melhor. Numa outra perspectiva, a inveja também pode ser definida como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de um outro ser, pois aquele que deseja tais virtudes é incapaz de alcançá-la, seja pela incompetência, limitação física ou intelectual.
Ifá nos alerta para tomar todo o cuidado possível durante este ano, pois os invejosos estarão de plantão. Um bom jeito de proteção contra este sentimento ruim será não ostentar nossos logros.
Em uma história bem significativa deste odu, OLOFIN nos ensina que o homem ao invés de olhar para si mesmo deveria ver os problemas do coletivo e combater a MANIA DE GRANDEZA e caracterizá-la como a pior das calamidades. Chega a ser curioso ver as situações em que algumas pessoas se envolvem para manter essa mania de grandeza, para alimentar o ego e mostrar para todos ao redor o quão bem sucedidas e felizes elas são. Mas será que a felicidade está sempre ligada ao volume de dinheiro que se tem?
A economia do país se fortalecerá e o desenvolvimento será natural.
Na política nossa presidente terá várias crises dentro de seus próprios colaboradores, delegar funções e não centralizar é o conselho de ifá.
As doenças mais comuns neste período serão:
Problemas dentários, na vista (ocular), gastrites, câncer intestinal, depressão, dores fortes nos pés e artrites.
Fonte: religiaoafro.ning











terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Iniciativas do hip hop amapaense recebem premiação






























Ultimamente o estado do Amapá tem sido protagonista de episódios nada agradáveis para quem vive nestas bandas de cá. Entretanto, a informação que noticiamos neste momento vem de encontro ao que a mídia local e nacional tem divulgado em relação aos escândalos, que parecem não ter fim.
O hip hop amapaense é o motivo desta alvissareira informação. Nada mais nada menos que cinco iniciativas do Amapá foram contempladas em todas as categorias da 1ª Edição do Prêmio Hip Hop (Prêmio Preto Ghoéz) do Ministério da Cultura. Todos os projetos premiados são da Federação Amapaense de Hip Hop – FAHHP.
As iniciativas da FAHHP foram agraciadas nas seguintes categorias: Correria – Batalha Amapá; Escola de Rua – Resistência Hip Hop; Conhecimento – Hip Hop Invade e Debate a Universidade; Conexões – Afro-Ritmos e Personalidade – Poca.
De acordo com João Ataíde, vocalista do grupo Afro-Ritmos, que mescla hip hop com ritmos tradicionais afroamapaenses, a premiação só veio reafirmar a atuação do verdadeiro hip hop amapaense e, sobretudo, demonstrar seu engajamento étnico-racial. Para Spaick, coordenador do Batalha Amapá, o prêmio reconhece o empenho da militância do hip hop no estado e valoriza a atuação do movimento que usa a cultura como ferramenta de enfrentamento à vulnerabilidade social em jovens são condicionados. “Esse reconhecimento é pertinente pelo trabalho que o movimento realiza pelas periferias do Brasil e valoriza a correria dos militantes dessa cultura marginalizada”, afirma o grafiteiro Crazy, coordenador do Hip Hop Invade e Debate. Para o presidente da Federação Amapaense de Hip Hop, Poca, essa é uma forma de o governo federal reconhecer a importância do movimento hip hop, entretanto, representa apenas mais um obstáculo vencido na trajetória da cultura. “Muitas outras precisam ser superadas. O governo federal precisa compreender que esta premiação precisa ser recorrente e nós militantes precisamos mobilizar os estados a lançar seus editais específicos para o hip hop. Este é o nosso próximo desafio”, pondera Poca.
Prêmio Preto Ghóez contemplou 135 iniciativas em todo o país, distribuindo cerca de R$ 1,7 milhão. Preto Ghóez - Márcio Vicente Góes, nasceu em 8 de outubro de 1971, em São Luis, no Maranhão. Em 1993, ele já estava montando a sua primeira banda de Hip Hop, a Habeas Corpus, que, em 1994 passou a se chamar Skina. Em 1996, o artista formou um novo grupo musical: a Milícia Neo Palmarina que durou até 1998. Neste ano, Preto Ghóez desfez o grupo e criou a Clã Nordestino que gravou um único CD, a Peste Negra do Nordeste, e durou até a sua morte, que aconteceu no dia 09 de setembro de 2004, num acidente de carro em Santa Catarina. Preto Ghóez foi fundador de uma das principais organizações de hip hop no Brasil, o Movimento Hip Hop Organizado Brasileiro – MOHHB.

ASCOM/FAHHP
Contato: 9117-6604/8124-2395/8127-9888

Atendimento à corte da OEA requer revogação da Anistia

Presidente do tribunal diz que juízes brasileiros têm de acatar condenação ao País por violações de direitos humanos



Os juízes brasileiros têm obrigação de acatar e cumprir a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que nesta semana condenou o Brasil por violações de direitos humanos no episódio da guerrilha do Araguaia, 40 anos atrás. Essa é a opinião do chileno Felipe González, presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos - a instituição que inicialmente recebeu a denúncia dos familiares dos mortos e desaparecidos na guerrilha e depois a encaminhou à corte.

Em entrevista ao Estado, González, que é professor de direito constitucional, observou que a principal tarefa do Brasil no momento é remover todos os obstáculos que impeçam o cumprimento da sentença, com a determinação para que os fatos sejam apurados e os responsáveis pelos crimes, punidos. O passo inicial, acredita o professor, seria a revogação da Lei da Anistia, de 1979, que impede o julgamento de agentes do Estado acusados de violações de direitos humanos.

Pela interpretação jurídica em vigor no País, esses agentes teriam sido beneficiados pela lei, originalmente destinada apenas aos opositores do regime que viviam no exílio, estavam presos ou impedidos de exercer seus direitos políticos. Mas, segundo González, a lei não tem nenhuma validade porque viola princípios da Convenção Americana de Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.

"Quando uma lei de anistia beneficia autores de crimes contra a humanidade, como a tortura e o desaparecimento forçado, entra em confronto com a Convenção Americana", diz ele. "O Brasil sabe disso, porque há uma jurisprudência bem fundamentada no sistema interamericano em relação a crimes contra a humanidade. As leis de anistia na Argentina e no Uruguai foram suspensas pela Corte Interamericana porque contrariavam o pacto internacional de San José, na Costa Rica."

Soberania. Em relação ao argumento apresentado por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a sentença viola o sistema jurídico e a soberania do País, González observa: "Não é invasão de soberania porque foi o Brasil que, voluntariamente, assumiu obrigações em nível internacional ao ratificar a Convenção Americana e ao reconhecer a jurisdição da corte em matéria contenciosa. Foi o Brasil que entregou essa faculdade à Corte Interamericana."

O presidente da Comissão de Direitos Humanos também observa que as reações iniciais às decisões da corte são frequentemente de recusa e contestação. Em quase todos os casos, porém, as resistências acabam vencidas.

"O sistema internacional não emprega elementos de coação, mas vai manter o caso aberto até que o Brasil cumpra a sentença", explica. "Periodicamente serão solicitados informes e relatórios e o processo pode demorar anos. Por outro lado, a assembleia da OEA também recebe comunicados anuais sobre os países que não cumprem as sentenças. Com o correr do tempo, as decisões acabam sendo cumpridas. As Cortes Supremas da Argentina, do Chile e da Colômbia mudaram suas jurisprudências."

Para González, a reação do Brasil é observada com atenção, em decorrência de sua crescente projeção internacional.

"O Brasil daria um magnífico exemplo e fortaleceria sua imagem se acatasse as determinações", diz ele. "Do ponto de vista interno, não se trata apenas de um confronto com o passado. O cumprimento da sentença fortaleceria a democracia, mostrando que não existem cidadãos de primeira e de segunda categoria e que todos os crimes, não importa quem pratique, são investigados e os culpados, punidos."
Por R.A.

domingo, 5 de dezembro de 2010

E ENQUANTO ISSO NOS BASTIDORES DE BRASILIA!!

Ao menos na Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), ligada à Presidência da República, já é possível notar a influência do ex-todo poderoso ministro chefe da Casa Civil, ex-deputado cassado, José Dirceu, no Governo da presidente eleita Dilma Rousseff, que toma posse no dia 1º de janeiro.

Dois dos três nomes designados para a Equipe de Transição - a atual chefe de gabinete do ministro Elói Ferreira de Araújo, Sandra Rodrigues Cabral, e o gerente de projetos, José Galvão Mesquita, o Bola (foto) - são, há muitos anos, pessoas ligadas e de total confiança do ex-ministro.

Exceto por uma nota publicada no Correio Braziliense e replicada pelas agências de notícias, sobre Bola a nomeação passou despercebida até mesmo por lideranças negras que transitam com regularidade pelos corredores da SEPPIR, na Esplanada, em Brasília.

Dele, sabe-se que já teria exercido a função de segurança e de motorista do ex-ministro e chegou a SEPPIR logo após a queda de Dirceu da Casa Civil, no escândalo do mensalão. A partir daí e, especialmente, com a posse do ex-ministro ministro e Deputado Federal, Edson Santos – também ligado politicamente ao grupo de Dirceu – Bola passou a ser presença constante nos bastidores de todos os eventos e reuniões das quais o ministro participou.

Com a saída de Santos em abril deste ano, para ser candidato à reeleição, e a posse do atual, Elói, Bola foi promovido ao cargo de gerente de projetos, ocupando um DAS (Direção e Assessoramento Superior). Ao todo são seis os níveis de DAS, o mais baixo ganha R$ 2.115 e o mais alto, R$ 11.179. Um ocupante de DAS-5, por exemplo, ganha R$ 8,9 mil por mês.

O terceiro designado pela SEPPIR para a equipe é o Secretário de Ações Afirmativas, Martvs Chagas, que já ocupou o cargo de ministro interino, após a queda da ex-ministra Matilde Ribeiro, em fevereiro de 2.009, por causa do escândalo dos cartões corporativos.

Equipe de Transição

Sandra, Bola e Martvs foram designados pela Portaria 702, da Casa Civil, publicada no Diário Oficial da União no dia 22 de novembro - dois dias após o Dia Nacional da Consciência Negra.

A ex-assessora de Dirceu na Casa Civil Sandra Cabral, foi exonerada pela atual presidente eleita e então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, por ter sido citada no escândalo do mensalão, que derrubou e cassou os direitos políticos do ex-ministro até 2015.

Amiga do ex-tesoureiro Delúbio Soares, também réu no escândalo, Sandra - apontada como uma das interlocutoras do empresário Marcos Valério no Palácio do Planalto -, voltou a Esplanada também pela porta da SEPPIR, junto com Edson Santos.

Ela, porém, sempre negou qualquer envolvimento no caso, alegando ter pedido exoneração em solidariedade a Dirceu.

Sucessão na SEPPIR

Martvs, que pertence a corrente auto-denominada "Campo Étnico e Popular" vem sendo um dos nomes cotados para assumir a sucessão do atual ministro. Além dele, o ex-ministro e atual deputado federal reeleito, Edson Santos, teria a expectativa de um convite por parte da própria presidente eleita; o atual secretário adjunto, João Carlos Nogueira, e o próprio Elói, estariam se movimentando nesse sentido.

Há duas semanas, o deputado federal reeleito, Vicente Paulo da Silva, Vicentinho, disse (sem ser perguntado) que aceitaria assumir o cargo de ministro da SEPPIR, caso convidado por Dilma.

A entrada de Vicentinho na disputa tem sido vista como uma articulação do PT exclusivamente de S. Paulo e cumpriria dois objetivos: retirar do ostracismo lideranças negras paulistas que "caíram" desde a saída de Matilde e abrir espaço para que o ex-deputado José Genoíno, um dos principais acusados no processo do mensalão, mantenha o mandato e se beneficie da imunidade parlamentar. Genoíno é 1º suplente.

Fora do PT, o PC do B aposta no nome da vereadora de Salvador, Olívia Santana. Também a cantora Leci Brandão, eleita deputada estadual pela sigla, em S. Paulo, seria um dos nomes cogitados.
Fonte: afropress.com

O SAMBA NOSSO DE CADA DIA





































O último dia 2 (quinta-feira) foi celebrado o Dia Nacional do Samba e em Macapá o samba foi lembrado e muito bem lembrado. Um café da manhã na Rádio Difusora de Macapá foi oferecido aos bambas do samba da capital do meio do mundo. A partir da tarde, a comemoração teve prosseguimento na Casa de Chorinho - Ceará da Cuíca. Na sexta-feira, os sambistas de Macapá foram homenageados pela Câmara de Vereadores, em sessão solene. A iniciativa foi da vereadora Cristina Almeida.
No mesmo dia, a noite, foi realizada uma programação também na Casa de Chorinho - Ceará da Cuíca com o Tributo a Nelson Cavaquinho, com Francisco Lino, Manoel Sobral e Célia Ayres e, o grupo de Choro paraense "Charme do Choro" e a participação especial do grupo Afro-Ritmos.
O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.

domingo, 28 de novembro de 2010

RESISTÊNCIA HIP HOP - ZUMBI SOMOS NÓS




























































































Com o tema ZUMBI SOMOS NÓS, a Federação Amapaense de Hip-Hop - FAHHP realizou no última terça-feira (23), mais uma edição do Projeto RESISTÊNCIA HIP HOP, no Centro de Cultura Negra do Amapá - CCNA. A programação contou com três atividades - debate a partir da mostra do vídeo "Quilombo Brasil", oficinas (comunicação independente - Afrozine, rep, DJ, breaking e estética afro), exposição de graffiti e intervenção político-cultural dos grupos Mec Loucos B.Boys, Cia. de Dança de Rua Estilo Negro, Marabaixo Break e Força Break e, os grupos de Rep Afro Ritmos, Máfia Nortista, Raciocínio da Ponte e Relatos de Rua.
A 2ª edição do Resistência Hip Hop serviu para reafirmar o posicionamento do hip hop amapaense como ferramenta de resgate e afirmação da juventude preta brasileira, amazônida e amapaense. Durante a intervenção cultural, tivemos o manifesto de repúdio da FAHHP sobre a ADIN 3239/2004 dos Democratas, que tenta negar o direitos dos quilombolas acerca da regularização das terras de quilombos no país, além dos discursos dos grupos denunciando o genocídio da juventude negra brasileira.

O CENTENÁRIO DA REVOLTA DA CHIBATA E OS DIREITOS DOS QUILOMBOLAS




Em razão das investidas do estado brasileiro, dos partidos de direita, dos ruralistas, do agronegócio e suas elites de reacionárias, contra a titulação das terras quilombolas, garantidas pela constituição de 1988[ com adoção da convenção OIT 169, ratificada pelo estado brasileiro], contra a demarcação das terras indígenas, a preservação ambiental e a reforma agrária.

Um manifesto aprovado no III Encontro Norte e Nordeste da Rede de Mocambos, ocorrido entre 03 e 07 de novembro, repudia a ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) nº 3239 de 2004, do DEM, ex –PFL, prestes a ser votada no Supremo Tribunal Federal (STF), para anular o decreto 4887/03, que regulamenta titulação das terras remanescentes de quilombos. O Encontro da Rede de Mocambos, convoca todos os quilombolas, o Movimento Negro e a população brasileira, neste 20 de novembro, a cerrar fileiras em defesa das comunidades quilombolas e decreto 4887/03, contra a ADIN 3239/2004 dos ruralistas do DEM.

O Brasil da Revolta da Chibata em 1910, vivia um período de transição [que não acabou até hoje] entre a monarquia e a republica. Vacilava entre acostumar-se com o fim e a continuidade dos valores e privilégios escravistas e monarquistas, que “findaram” 11, 12 anos antes, com a abolição e a proclamação da republica. O Brasil era governado por militares, desde a queda da monarquia, apoiados pelas oligarquias monarquistas, camufladas de republicanos, denunciados por Luiz Gama ainda na década de 1870.

O exercito, a maior força militar [numericamente então] era formada majoritariamente por soldados negros, desde a Guerra do Paraguai, com um comando branco, monarquista e escravistas enrustidos.

A Guerra do Paraguai se constituía em um fantasma muito próximo, lembrando ao comando, que aquele povo negro, escravizado, sem direitos, tinha lutado [diferente dos filhos brancos dos cidadãos da elite], numa guerra que não era sua, para proteger interesses do imperialismo Inglês. O imperador D. Pedro, e as elites se serviram a isso, não sem propósito.

O objetivo denunciado Por José Julio Chiavenato, em seu livro: O Negro da Senzala a Guerra do Paraguai – Hum milhão de negros desaparecem das estatísticas do Brasil, entre os sensos de 1860 e 1870. Ocorre que o exercito brasileiro só admite 150 mil soldados mortos. A outra meta era destruir o estado indígena, sem escravidão ou analfabetismo, que ousava, em troca de seus excedentes agrícolas, construir uma industria progressiva em Assunção, capital do Paraguai, que comprometeria os interesses ingleses nesta parte do mundo.

Os historiadores e a academia fogem deste assunto, como o diabo da cruz. Este é um tabu histórico de que os intelectuais, os políticos e espanta-nos, o próprio Movimento Negro, não tratam. Porque o tabu, que temem?

É Célia Maria Marinho, em seu livro Onda Negra, Medo Branco, aponta o fio do novelo, que ninguém quer desenrolar. Marinho, nos conta que em meados do século XIX, a Assembléia imperial e a Assembléia Legislativa de SP, já debatiam uma solução final para a higiene ética, e o branqueamento da população brasileira, de modo a torná-la visualmente social e mais palatável aos olhos das nações amigas européias. Uma necessidade que se impõe as elites desde 1808, com a chegada da família real, mas por imprescindível a mão de obra escravizada, só começam discutir o projeto em paralelo com a derrocada inevitável daquele sistema de produção.

As instituições do governo do general Hermes da Fonseca, em 1910, ainda não havia assimilado a abolição e os valores da republica. A marinha, por influencia da monarquia, ainda era a força melhor equipada, e o governo acabara de adquirir uma frota de navios de Guerra da Inglaterra [monarquia de maior tradição na navegação militar e mercante]. A marinha real foi responsável pelo treinamento operacional dos marujos brasileiros, quase todos negros.

Uma força com um poder de fogo monumental, liderada por um corpo de oficiais aristocratas, herdeiros do escravismo, formados na Inglaterra, tinha todos os componentes para manter as mesmas relações e valores escravistas com a marujada.

Tanto mais explosiva era essa relação, por ser o engajamento militar, a única possibilidade de trabalho para o jovem negro. Uma vez que as mulheres negras, eram as únicas a conseguir trabalho no pós abolição, com a política de substituição da mão de obra do negro pelos imigrantes europeus, como denuncia Célia Marinho e Chiavenato.

Ao homem negro e a sua família, só restava morrer a míngua ou na Guerra, como parte do projeto político daquela sociedade. Os negros eram seqüestrados, desde a Guerra do Paraguai, pelo governo, ou recrutados voluntários, por falta de outra opção de trabalho. O oficio do soldado era de risco de morte iminente diante dos conflitos regionais no Brasil na América Latina.

A passagem dos marinheiros pelo velho continente, a convivência com marujos europeus, o conhecimento de suas historias, provoca um sentimento de altivez e dignidade, de direito e cidadania nos mesmos.

O ultimo ingrediente deste quebra cabeças: o inicio da favelização da capital do Brasil. O Rio de Janeiro era uma cidade majoritariamente negra; depois, ali também se concentravam um grande numero de veteranos da Guerra de Canudos e do Paraguai [depois de desmobilizados], a espera do cumprimento, por parte do governo, das promessas de moradias, incorporação, indenizações e aposentadorias jamais cumpridas.

Foi neste panorama que João Candido Felisberto, soldado desde os 12 anos no Rio Grande do Sul, e voluntario na academia da Marinha aos 14, e seus companheiros, se rebelam com os castigos corporais impingidos aos marinheiros, como resquício da escravidão pelo oficialato racista.

Os marinheiros amotinados destituíram seus comandantes, mataram oficiais que resistiram, tomaram o comando da frota de 04 dos principais e mais bem armados navios da época, e exigiram o fim do castigo da chibata, melhores soldos e alimentação, apontando seus canhões para a cidade do RJ. Entre os dia 22 e 28 de novembro, foram senhores da situação, findo a qual, receberam a promessa do governo, que tinha deputados e senadores como intermediários, de que suas reivindicações e a anistia lhes seriam concedidas, desde que depusessem as armas e devolvesse a frota aos seus comandantes.

Os meses que se seguiram foram de enrrolação e descumprimento por parte do governo, do acordo firmado. Daí sobreveio outra revolta dos marinheiros, a repressão e morte sem piedade, o degredo da maioria para a Amazônia, e a prisão sob condições absolutamente insalubre de 18 dos principais lideres, entre eles João Candido. Dezesseis morreram sufocados neste cativeiro. Apenas dois sobreviveram, o almirante negro era um deles.

João Candido vagou toda a sua vida de prisão em hospitais psiquiátricos a cadeias, a espera pelo reconhecimento de sua luta, da anistia e a indenização pela injustiça sofrida. Porém, apesar do apoio da marujada [muitas gerações de marinheiros o tiveram e ainda o tem como um herói], foi o elitismo e conservadorismo do almirantado, que impediu o reconhecimento e a restauração de sua histórica personagem.

O governo Lula em um ato populista e de marketing, confere-lhe a anistia, nomeia um navio mercante com seu nome, constrói uma estatua em sua homenagem, mas não lhe confere a promoção com a patente máxima do almirantado, nem indeniza a família do grande herói da marinha, dos negros e do povo brasileiro. O navegante negro João Candido Felisberto morreu pobre na cidade de S. João do Mereti, no RJ, em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos de idade.

O genocídio do negro segue em pauta ainda hoje, como parte do projeto político das oligarquias e elites monarco - escravistas do Brasil. A ausência de uma política de desenvolvimento para o Brasil, que incorpore no mercado de trabalho toda a juventude, a falta de prioridade e investimentos de vulto na educação integral de qualidade, em período integral; de investimentos em oportunidades, esporte, cultura e lazer, é substituida por uma política de marginalização e genocídio da juventude negra pelas forças de segurança do estado racista, elegendo o negro e o pobre como os inimigos da nação, em um fragrante desrespeito aos direitos dos cidadãos, aos direitos humanos e a democracia.


Por:Reginaldo Bispo-Coordenador Nacional de Organização do MNU – Movimento Negro Unificado.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Salão de beleza nega-se a cortar cabelo de criança negra

Funcionários do “Salão Fascínio”, localizado no andar térreo do Shopping Itaigara, em Salvador, recusaram-se, no dia 23 de setembro, a cortar o cabelo de
uma criança negra, de seis anos, recomendando a mãe que “passasse a
máquina”, pois aquele cabelo “não dava para ser cortado,
nem desembaraçado”. A mãe da criança, a jornalista Márcia Guena,
acusou os funcionários e a dona do salão de racismo e logo procurou a
administração do shopping para formalizar a denúncia. Neste caso
configura-se um duplo crime por tratar-se de racismo e de violação ao
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por expor uma criança a uma
situação vexatória.


Acompanhado da mãe, o menino M.S.G.S.O. entrou no salão por volta das 18:30, do dia 23 de setembro, quando Guena solicitou ao único funcionário homem do
salão, para quem foi indicada pela atendente Selma (a qual foi
identificada como dona do salão), um corte estilo “black”, mas não muito
alto. O funcionário então respondeu que para “aquele cabelo” só dava
para “passar a máquina”. A mãe então disse: “eu não solicitei que passem
a máquina, mas que cortem o cabelo do meu filho. Eu já indiquei o corte
que desejo”. O atendente repetiu: ”só dá pra passar a máquina”. Guena
retirou a criança da cadeira e saiu imediatamente do salão para não
expor a criança a uma discussão motivada pelo racismo explícito. Mas
diante da violência cometida contra a criança, que foi exposta a uma
situação vexatória, e a recusa de cortar o cabelo de um negro, a mãe
voltou com a finalidade de procurar a gerente e formalizar a denúncia de
racismo.

Ao retornar, Guena disse para Selma que a recusa em cortar o cabelo de seu filho configurava-se racismo, um crime inafiançável e que
iria formalizar a denúncia junto ao Ministério Público. Selma,
identificada como Maria Tavares de Oliveira, contestou dizendo que a mãe
estava errada e que seus funcionários disseram que não sabiam cortar o
cabelo da criança e que seria muito difícil desembaraçá-lo. Por isso, só
poderiam passar a máquina, insistindo na resposta inicial do
funcionário.


A mãe retirou-se do local e procurou a administração do Shopping. Guena foi recebida por Alda, que se identificou como administradora, e
reconheceu a gravidade do problema, confirmando tratar-se sim de uma
situação de racismo. Imediatamente ligou para Selma (Maria Tavares
Oliveira) reclamando da forma como foi realizado o atendimento.


Texto enviado pela jornalista Márcia Guena

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sexta-feira tem mistérios?




Porque os trabalhos religiosos da Umbanda acontecem, quase que na maioria às sextas-feiras. Afinal, o que envolve esse dia da semana para que a maioria dos umbandistas e terreiros “oficializem” esse dia como Dia de Gira? Qual será o mistério?
Pois bem, em primeiro lugar é importante saber que o dia da semana em que o terreiro irá trabalhar caritativamente e religiosamente é, e deve ser, estipulado pelo Guia Chefe do Terreiro, ou seja, aquele que se manifesta no Pai ou na Mãe Espiritual como Guia Chefe.
É Ele quem, com toda sua capacidade e grau espiritual, saberá o melhor dia de trabalho tanto para o plano Superior como para plano material. Deve-se compreender que no dia de gira muitas coisas acontecem no astral, há toda uma preparação energética para que os trabalhos sejam bem sucedidos, a exemplo temos os campos de proteções que são criados e estabelecidos, os portais entre esta e outras dimensões que são abertos, os elementais e encantados da natureza que são direcionados e “usados” durante as giras, entre outras coisas. Além disso, e especialmente, temos ainda toda a ação espiritual que comporta e compromete uma numerosa quantidade de espíritos que nos auxiliam durante toda a gira. São grupos de espíritos que asseguram o bom desenvolvimento dos trabalhos espirituais, grupos de espíritos que atuam como enfermeiros e médicos responsáveis pelo encaminhamento e cura dos espíritos doentes, grupos de espíritos que conduzem os assistidos para aquele Terreiro, grupos de espíritos que protegem os médiuns assegurando a chegada deles ao Terreiro, grupos de espíritos aprendizes, além de todas as Linhas de Trabalho de nossa Umbanda, e isso quer dizer que em todas as giras, independente da linha de trabalho do dia, teremos caboclos, pretos-velhos, baianos, boiadeiros, marinheiros, exus, entre outros, sustentando e trabalhando espiritualmente, mesmo que para nós seja imperceptível. Portanto, abrir uma gira envolve uma imensa organização no astral para que todos possam realizar e executar um excelente trabalho, e quem “organiza” toda essa estrutura é esse Guia Chefe que, com certeza, é um espírito altamente evoluído e sábio, um grande missionário do Astral Superior que realiza “coisas” que só numa condição muito elevada se é capaz.
Com isso esclarecido fica descaracterizada a crença de que sexta feira é ou deve ser o ‘dia oficial de gira’, no entanto é importante saber que esse dia da semana tem uma grande representação, um enorme significado e um expressivo valor sagrado para muitas religiões e culturas, inclusive para os muçulmanos, que têm esse dia caracterizado como Dia Sagrado do Islamismo, pois é obrigação de todos os muçulmanos, tanto homens quanto mulheres, realizarem pelo menos a oração do meio dia em comunidade na sexta feira. Ou ainda para os judeus que têm nas noites de sextas-feiras, após as 18 horas, o inicio do Shabat, ritual mais
importante que contempla os aspectos espirituais da vida. Nesse ritual são recitadas as bênçãos sobre as velas, vinho, pão entre outros elementos, propõe o descanso e, principalmente, passar todo o tempo com a família em harmonia. Não podemos deixar de mencionar ainda que esse dia também faz referência à morte de Jesus Cristo sinalizando a Salvação e o dia do encontro com o Pai. Podemos perceber então todo valor sagrado relacionado com a sexta feira, principalmente nessas religiões que basicamente geraram ou influenciaram tantas outras religiões.
Fazendo relação com a energia dos planetas, maravilhosamente teremos o planeta Vênus influenciando nossas sextas feiras. A energia desse planeta nos inspira a concretização do que é divino expressando que o espírito está acima da matéria, além de irradiar uma energia de harmonia, paz, alegria, amor e afetividade. Tanto é que a civilização Maia elaborou um calendário religioso baseado nos ciclos de Vênus.
Agora, não podemos deixar de dizer que para nós, umbandistas, sexta feira é dia de Oxalá, considerado e cultuado como o Orixá mais sublime de nossa Umbanda, é o Pai que exprime e nos ensina a vivenciar a serenidade, a compaixão e a caridade. Para alguns ainda, sexta-feira também é dia de Iemanjá, a grande Mãe que nos ensina vivenciar a tolerância, o amor e a vida em sua plenitude.
Portanto, sexta-feira é um dia mais que especial para aqueles que querem vivenciar e manifestar seu lado Sagrado.
Um dia maravilhoso para vestir o branco e fazer o bem seja lá a quem.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

HIP HOP SOLIDÁRIO













No último sábado, 18, a Federação Amapaense de Hip Hop promoveu mais uma edição do Projeto Hip Hop Solidário - Periferia Sem Fome Hip Hop em Ação. Este evento, entretanto, foi diferenciado pelo fato de não ser arrecadado alimentos, mas sim livros e revistas para o Centro de Cultura Popular do Bairro Novo Horizonte, zona norte de Macapá.
Cerca de 200 pessoas puderam prestigiar a intervenção político e cultural do hip hop com graffiti, break dance e rep. Na abertura do evento, foi ressaltada a importância de ato deste no sentido de promover a cultura como instrumento de cidadania. O coordenador da Casa de Cultura, Décio Gomes, parabenizou a Federação Amapaense de Hip Hop pela iniciativa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Breve história de um preto velho


Noite na senzala. Os escravos amontoam-se pelo chão arranjando-se como podem. Engrácia entra correndo e vai direto até onde Amundê está e o sacode:
- A sinhazinha está chamando, é urgente!
O Escravo é conhecido pelas mezinhas e rezas que aplica a todos seus irmãos e o motivo do chamado é justamente esse. O filho de Sinhá Tereza está muito doente. É apenas uma criança de cinco anos e arde em febre há dois dias sem que os médicos chamados na corte consigam faze-la baixar. Sem ter mais a quem recorrer, no desespero próprio das mães, resolveu seguir o conselho de
sua escrava de dentro e chamar o africano. Aproveitando a ida de seu marido à cidade, ele jamais concordaria, manda que venha. Sabendo do que se tratava o homem foi preparado. Levou algumas ervas e um grande vidro com uma garrafada feita por ele e cujos ingredientes não revelava nem sob tortura.
Em poucos minutos adentram o quarto do menino e Amundê percebe que precisa agir com presteza. Manda que Engrácia busque água quente para jogar sobe as ervas que trouxe enquanto serve uma boa colherada do remédio ao garoto. Dentro de uma bacia coloca a água pedida e vai colocando as folhagens uma a uma enquanto reza em seu dialeto. Ordena que desnudem a criança e carinhosamente a coloca dentro da bacia passando-lhe as ervas no pequenomcorpo. Nesse instante a porta se abre e surge o Sinhô Aurélio acompanhado do padre da cidade. Tereza grita e corre até o marido desculpando- se. O padre dirige-se a ela com ferocidade:
Como entrega seu filho a um feiticeiro? - dirigindo-se ao marido – Diga adeus ao menino, após passar por essa sessão de bruxaria ele morrerá sem dúvida!
Tereza corre até o filho e o cobre com um cobertor enquanto o marido ordena que o escravo seja levado imediatamente ao tronco onde o capataz aplicará o castigo merecido.
-Engrácia, acorde todos os negros para que vejam o fim que darei ao assassino de meu filho! Todos reunidos no grande terreiro ouvem a ordem dada
ao capataz:
- Chibata até a morte! E vocês - aponta todos os escravos - saibam que darei o mesmo fim a todos que ousarem chegar perto de minha família novamente.
As chibatadas são dadas sem piedade, Amundê deixa escapar urros de dor entremeados com rezas o que somente aguça a maldade do capataz. Lágrimas copiosas correm pelas faces de muitos escravos. Após duas horas de intensa agonia o negro entrega sua alma e seu corpo retesa-se no, arroubo final, finalmente descansará. O silêncio do momento é cortado por um grito vindo da
principal janela da casa grande:
- Aurélio, pelo amor de Deus - é Tereza com o filho nos braços - o menino está curado, a febre cedeu e ele está brincando!
Assim morreu Amundê conhecido em nossos terreiros como o velho Pai Francisco de Luanda.

Sua benção, meu pai!

Permita que jamais nos esqueçamos de algo tão perverso em nossa história.

DEPUTADO QUER REVOGAR LEIS DA UMBANDA, CANDOMBLÉ E ORIXÁS

O deputado estadual Edson Albertassi apresentou, nesta quarta-feira (08/09), um projeto de lei revogando as leis que declaram a Umbanda, o Candomblé e os dias de Iemanjá, Nanã, Iansã e Oxum como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

As leis são de autoria do deputado estadual Átila Nunes, que tem uma atuação voltada para os interesses dos umnbandistas.

As leis do Dia de Iemanjá e do Dia de Oxum foram aprovadas pelos deputados em 2009 e início de 2010. Edson Albertassi quer a sua revogação

De acordo com o deputado Albertassi, estas leis ferem a Constituição Federal: “Não é correto que o Estado Laico e Democrático transforme religiões e festividades religiosas em patrimônio imaterial”.

Edson Albertassi diz que as leis do deputado estadual Átila Nunes impedirão a pregação eloqüente de pregadores pentecostais, testemunhos de ex-macumbeiros e cultos de libertação possam ser atingidos.

Segundo o deputado Albertassi, "no Brasil, há uma mistura sobre os conceitos de cultura e religião. Precisamos separar estas duas questões, porque sob o viés de “cultura, algumas religiões vêm sendo beneficiadas pelo poder público em detrimento das outras”.

Segundo Albertassi, foi assim que muitas leis beneficiando a Umbanda foram aprovadas na Assembléia Legislativa pelo meu colega deputado Átila Nunes. "Não se trata de nada pessoal contra ele, mas sim contra a Umbanda e o Candomblé, que não podem se igualar aos evangélicos, este sim, verdadeiros religiosos que não se baseiam em vodus e manifestações questionáveis"

Albertassi reconhece o trabalho de décadas "do deputado estadual Átila Nunes em defesa de sua seita, mas existe um limite nas suas ações de reconhecimento e na busca de igualdade de tratamento da Umbanda e do Candomblé com as religiões cristãs".

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Um Estado racista


O Estado de S. Paulo acaba de ser condenado pela Justiça pela prática do crime de racismo cometido por uma professora da rede pública da Escola Estadual Francisco de Assis, no Ipiranga. Em sentença do dia 10 deste mês, só agora tornada pública, a 5ª Vara da Fazenda Pública considerou que a professora utilizou texto de conteúdo racista em sala de aula e condenou o Estado ao pagamento de R$ 20,4 mil por danos morais à família do estudante.

Sem qualquer razão, uma vez que o processo não tramita em segredo de Justiça, o nome da professora é mantido sob sigilo, o que só tem ocorrido em casos de crimes de racismo. A Afropress ligou para a direção da Escola pedindo informações sobre a identidade da agressora, porém, a diretora e professores que atenderam – de nomes Sônia e Vera – disseram não ter autorização para revelar a identidade, embora lembrassem do caso. “O senhor tem de falar com a Coordenodoria de Ensino”, informaram.

Afropress também ligou para a Secretaria de Educação e para a professora Roseli de Oliveira, Coordenadora de Políticas para as Populações Negra e Indígena da Secretaria da Justiça, que recomendou fosse encaminhada solicitação por escrito. Até a postagem dessa edição, não tinham sido respondidas as duas perguntas encaminhadas: 1 – nome da professora, uma vez que o processo que tramita na 5ª Vara da Fazenda Pública não tramita em segredo de Justiça: 2 – quais as medidas que o Estado vai tomar, por meio da Procuradoria Geral do Estado, e se entre elas está a ação para que o custo da condenação não seja pago pelos contribuintes.

A sentença é do dia 10 deste mês e a Procuradoria Geral do Estado ainda não decidiu se vai recorrer, ainda que, por imposição legal, o Procurador do Estado é obrigado a recorrer em casos de condenação do Estado. Fontes da Procuradoria, contudo, informaram que, extraordinariamente, o procurador Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo (foto) pode pedir ao procurador geral do Estado que poderia decidir pela dispensa do recurso.

Pedagogia racista
O caso aconteceu em 2002, quando a professora passou uma atividade baseada no texto “Uma família Colorida”, escrito por uma ex-aluna do Colégio. Na redação cada personagem era representado por uma cor. O homem mau da história, que tentativa roubar as crianças da família, era negro.

Por causa disso, o garoto, que na época tinha sete anos, passou a apresentar problemas de relacionamento e queda na produtividade escolar. O menino, hoje com 15 anos, acabou sendo transferido de escola. Laudos juntados ao processo apontam que ele desenvolveu um quadro de fobia em relação ao ambiente escolar.

Caso Simone Diniz
Em 2007, em decisão inédita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, condenou o Brasil, em caso similar de racismo institucional também praticado pelo Estado de S. Paulo, ao recusar-se a apurar o caso de racismo contra a doméstica Simone Diniz. Por conta da condenação, o Estado – por meio de projeto enviado pelo então governador José Serra, e aprovado pela Assembléia Legislativa – pagou R$ 36 mil à título de indenização.

Defesa
Na defesa, a Secretaria da Educação, alegou que não houve má fé ou dolo na ação da professora, porém, o juiz entendeu que o caso configurou uma situação de racismo. “A atividade aplicada não guarda compatibilidade com o princípio constitucional de repúdio ao racismo’, afirma a sentença.
O valor da condenação corresponde a 20 salários mínimos para o aluno e 10 salários mínimos para cada um dos pais. O pedido de danos materiais foi negado por falta de comprovação. A solicitação de recolhimento do livro que continha o texto foi desconsiderada, pois a rede não usa o material.


Segundo pesquisa da UNESCO, o racismo afeta o desempenho escolar de negros no Brasil. A média dos brancos no 3.º ano do ensino médio é 22,4 pontos mais alta que dos negros (na escala de 100 a 500 do Saeb). Mesmo quando se leva em consideração a classe social, as diferenças se mantêm. Na classe A, 10,3% dos brancos tiveram avaliação crítica e muito crítica no Saeb. Entre os negros, foram 23,4%.




Fonte: Afropress.com

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOVE ANOS DA CONFERÊNCIA DE DURBAN


Hoje marca uma data histórica na luta por Direitos Humanos no mundo. Há 9 anos acontecia a Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata. Este evento buscou sensiblizar o mundo inteiro no sentido de promover o enfrentamento às desiguladades sociais baseadas na raça.
A partir de então, os países passam a desenvolver políticas de promoção ao respeito
pela diversidade e a necessidade de buscar bases comuns entre as civilizações e no seio das civilizações, a fim de enfrentarem os desafios comuns à humanidade que ameaçam os valores partilhados, os direitos humanos universais e a luta contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, através da cooperação, da parceria e da inclusão.
Para o Brasil, a Conferência foi exitosa. Além da sua própria realização, em si fato importante para qualquer país com população negra, o documento final abrangeu ainda as prioridades para o País, assim como as principais demandas da América Latina e do Caribe. O texto adotado garante a proteção de afrodescendentes, povos indígenas, migrantes, mulheres, crianças, pessoas portadoras de HIV/AIDS e de deficiência; reconhece a discriminação múltipla ou agravada, reafirma a incompatibilidade entre democracia e racismo; ressalta a promoção dos direitos à saúde, à educação e outros direitos econômicos, sociais e culturais; ressalta a necessidade da implementação de ações afirmativas, da produção de dados desagregados e de indicadores para medir a desigualdade racial, da a participação da sociedade civil e da cooperação internacional.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

MUGUÉ





PARECE SEM SIGNIFICADO
E É COLOCADO DE LADO
MEU CHORO OUVIDO DE LONGE


ME ESCONDE, ME ESCONDE
DE TÃO LONGE SOME
MULHER MUGUÉ...SOMOS SINÔNIMO
DE LUTA, LUTA, LUTA LUTAR


QUEM ME ESCONDE NÃO VÊ
QUE DE LONGE LUTO, NÃO FUJO
NEM ME ANULO, TENHO LUTA E NÃO FUGA

EMBORA QUEIMADA NA FOGUEIRA
ESPANCADA NA LADEIRA
ATERRORIZADA MINHA CABEÇA, MUGUÉ É E MUGUÉ
SEMPRE SERA GUERREIRA

CHORO CONTIDO E SEMPRE ESCONDIDO
AS VEZES PERDIDO, ENGULIDO
MAS SEMPRE, SEMPRE ESCONDIDO
NUM SORRISO SOFRIDO, FINGIDO?

DOR QUE MALTRATA, ARREBATA
MATA, ENJAULA, AVASSALA
É MAIS FACIL ESCRAVIZAR
DOMINAR, ASSASSINAR
EXTERMINAR...EXTERMINAR


MUGUÉ O QUE TU ÉS? O QUE TU FARÁS?
SEMPRE TE LEVARÁ A LUTA E NUNCA
HÁ DE FRAQUEJAR...LUTAR, LUTAR EIS DE SEMPRE
LUTAR...

Por: Jô Black

domingo, 15 de agosto de 2010

BOTÂNICA ESPIRITUAL: O QUE É UM BANHO DE DESCARGA?



Conforme vivemos a nossa vida cotidiana, freqüentamos diversos lugares, passamos por diferentes ambientes e assim trocamos impressões com todo tipo de indivíduo, vivemos em dias confusos, onde vibrações negativas jorram pelo mundo afora, sendo abundantes, deparamo-nos com elas em qualquer lugar onde nos encontramos. Todas estas vibrações e pensamentos negativos vão se aderindo a aura (perispirito) das pessoas, podendo vir a criar miasmas que podem vir a turvar o pensamento, permanecendo na atmosfera mental e espiritual os diversos fluidos nocivos dos quais compõem-se as energias negativas.
Como o próprio nome pressupõe, o banho de descarga (ou descarrego) serve para descarregar, limpar, purificar o corpo astral (perispirito) eliminando as precipitações de fluidos negativos (inveja, ódio, irritação...).
Os céticos e incrédulos decerto debocham destas elucidações, afirmando em sua imatura razão que isto não pode se dar e, sem argumentar, irrevogáveis, apelam lançando-as ao domínio do sobrenatural. Mas, como explicar então, a sobrevivência deste “charlatanismo” através dos séculos: Os antigos Hebreus já usavam as abluções, que não deixavam de ser banhos purificadores. O batismo nas águas ministrado por São João Batista, no rio Jordão e outra forma de banho sagrado. Moisés, o grande legislador hebreu, impôs o uso de banho aos seus seguidores. E estes nem sabiam o que era umbanda ou coisa parecida, mas o mecanismo espiritual de limpeza é a mesma essência tanto para um como para o outro.
O primeiro passo para se entender o que de fato ocorre é retirar o banho de descarga do domínio do sobrenatural, ora, uma vez se admitindo o fato como normal, com causas e efeitos naturais, este entra para a ordem das coisas naturais, assim como a chuva e o sol,e assim como estes, afetam naturalmente nosso cotidiano. Aquele então perde seu posto de sobrenatural, dando lugar para entendermos seus mecanismos de funcionamento.
Para começarmos a entender o que se passa devemos focar no conteúdo que essencialmente, caracterizam nosso banho de descarga, as ervas e plantas usadas para tal. Existe um principio no universo que além de estar amparado espiritualmente, também o está cientificamente: O principio das variadas formas de manifestações da matéria, onde a esta pode se comportar ora como fluido, luz, eletricidade, calor e matéria densa dependendo da organização estrutural de seu agente. Isto esta presente nas mais rotineiras circunstancias de nossas vida,não seria o ar que respiramos o exemplo mais obvio disto, pois não o vemos ou apalpamos,mas sabemos que ele é composto de um elemento chamado oxigênio,além de que ele tem dimensão e quantidade pois que pode acabar ,sufocando-nos a sua falta.Como elucidamos no começo da elucidação, as vibrações negativas ou positivas são compostos também de um tipo de matéria,mais sutil daquelas que a ciência conhece, por isso deixam resíduos em nosso corpo fluídico e material.vejamos um trecho de uma psicografia do espírito André Luiz, pelo Médium Francisco Candido Xavier, em Uberaba,11/8/59.



‘‘ Quanto mais investiga a natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade, calor e matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimem.
Existem, no entanto, outras manifestações de luz, eletricidade, calor e matéria desconhecida nas faixas da evolução humana, das quais, por enquanto, somente podemos recolher informações pelas vias do espírito’’.


Este é um trecho de uma psicografia, que elucida aquele princípio explicitado agora a pouco. Atente para o detalhe de que o espiritismo, em se tratando de organização e cultura,é bem diferente da umbanda,porém,por estarem ambas baseados em princípios espirituais,as mesmas leis são aplicáveis a ambas,pois a espiritualidade é uma unidade,apesar das infinitas formas de manifestações.Seria assim,como a lei da gravidade é para nós na terra,apesar de diferentes em biótipos e culturas,estão todos sujeitos a ela.Não seria a sessão espiritual do descarrego ,da igreja universal do reino de Deus,onde os devotos são lavados com uma água ‘‘ energizada’’,apenas uma outra versão do nosso banho de descarga, apenas apresentando-se sob uma outra forma de expressão de uma mesma lei natural.
Voltemos às plantas e ervas, assim como vimos, existem outras faixas de manifestações de matéria que de imediato não podemos sondar. As plantas possuem substâncias, fluídicas e sutis, que a ciência não conseguiria isolar. Estas substâncias fluídicas são responsáveis pelas diversas características e finalidades de uso. Assim, as plantas “descarregadoras’’, possuem esta propriedade porque suas substancias possuem agentes fluídicos que tem a propriedade de limpar os resíduos fluídicos nocivos que em nós estão impregnados no perispirito. Este é o sobrenatural em sua mais simples expressão e explicação.
Uma vez Que já se está limpo de corpo e perispírito, resta a limpeza de consciência, e esta só a aventurança do mundo com suas inúmeras lições dolorosas podem nos fazer aprender e discernir o que realmente somos e queremos, tal qual o metal impuro é submetido a fervura em altíssimas temperaturas para assim no final estar limpo das impurezas resultando no ferro puro. Assim somos nós, moldados a ferro e fogo...
Por: Rodolfo Souza

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Quilombo em festa











O local é o Quilombo do Curiaú. E o que vos relato neste momento une fé, devoção e o rufar dos tambores. Esta simbióse resulta numa das manifestações culturais mais expressivas do Amapá. É a Festa de São Joaquim, festividade afroamapaense com mais de 200 anos de tradição e, que no período de 09 a 18 de agosto, registra mais uma edição desta rica cultura.
Eles e elas são idosos, adultos, jovens e crianças. As mulheres, capricham na indumentária e, seguem para a igreja de São Joaquim, acompanhadas pelos homens e crianças. Todos concentram-se na ladainha e reza em louvor ao santo. Paralelamente, um grupo de homens já prepara uma fogueira para aquecer os couros dos tambores que ditam a efervecência da festa. São pandeiros e tambores (amassador e repinicador)que passam por um processo ritualístico de preparação para o grande momento - batuque.
Ao término da ladainha, os devotos e devotas se dirigem ao barracão onde um "reforçado" caldo de carne de gado é servido aos participantes da festa. Depois do jantar, todas e todos se deslocam para o salão, em que os tambores com seus tocadores e os "cantadores" já estão devidamente posicionados no centro do espaço para iniciar o batuque. A atmosfesra é convidativa e instigante, um ritmo pulsante e envolvente evidencia a felicidade desta gente. Além disso, é distribuída a gengibirra, um aperitivo feito à base de aguardente e gengibre, que eleva ainda a empolgação. Um bailado sem igual, com um movimento único das grandes saias rodando em volta dos tambores espanta o banzo, dos corpos suados deste povo de ébano, que só pára de dançar ao romper a aurora.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

VERSOS DE ÉBANO II




ALÉMDÁFRICA








SINTO SAUDADES DAQUELES DIAS, DAQUELES DIAS SINTO SAUDADES


DE PÉS DESCALÇOS, MINHA TERRA QUERIDA, QUERIDO TERREIRO DE MINHA TERRA


QUANTO TEMPO FAZ...AHH FAZ TEMPO...




DE OLHOS ABERTOS, DE CARA NO VENTO CORRIA...


CORRIA NÃO TINHA CORRENTE


CORRENTES NÃO TINHA


UMA VOZ ECOAVA, MÃE PRETA, CHAMAVA NO TERREIRO


MAS ME LEVARAM DAQUI PRO NAVIO NEGREIRO


NÃO OUÇO MAIS A VOZ QUE ECOA NO TERREIRO




NÃO TEM MAIS TERREIRO DENTRO DO NAVIO NEGREIRO


MEUS PÉS NÃO TOCAM MAIS MINHA TERRA DO TERREIRO...


AÍ VI QUE A VOZ QUE ME CHAMAVA NO TERREIRO NÃO ME CHAMA NO


NAVIO NEGREIRO


TEM CORRENTES, TEM CATIVEIROS, AÇOITES NO NAVIO NEGREIRO


SEM CHÃO, SEM TERREIRO, COM AÇOITES E CATIVEIROS, TÔ EU NO NAVIO NEGREIRO


MÃE PRETA ME CHAMA, NÃO POSSO OUVIR ALÉMDÁFRICA


FIZERAM EU VIR...




Por: Joelfa Farias (Preta Jô)




quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sabedoria griot




Uma das maiores riquezas que temos é a sabedoria popular. Ontem encontrei uma preta velha, que não via a algum tempo, batemos um bom papo descontraído e revelei que minha mãe tinha se acidentado e quebrado o pé esquerdo mas que já estava bem. Foi aí então, que Dona Nalica, como é carinhosamente chamada, pediu pra que fosse eu até sua casa buscar umas folhas pra fazer um remédio pra ajudar a recuperação da minha mãe.


Quando cheguei em sua casa, Dona Nalica, trouxe pra mim, cerca de cinco folhas grandes e de um verde intenso. A planta é a Malvarisco, muito semelhante ao tajá e, que é utilizada no tratamento de fraturas, contusões e baques.


Assim como D. Nalica, Macapá possui uma gama de "médicos populares". Quem não conheceu e/ou conhece Sacaca, Crioulo, Crioulo Branco, D. Pagoa, Seu Biló, D. Castorina, Seu Malvão, Dona Maria Independência entre outros.